A guerra é destruição e morte. A guerra não é solução, e esta, na Ucrânia, não é diferente. Merece a nossa condenação. As consequências serão devastadoras para a população, em geral, para os trabalhadores em particular, e os seus terríveis efeitos económicos e sociais sentir-se-ão em todo o Mundo, como é já visível no nosso quotidiano, nomeadamente no sector energético, em que se verifica um aumento brutal dos preços dos combustíveis, electricidade e do gás. E as sanções contra a Rússia irão repercutir-se duramente sobre a população.

Sendo injustificável, esta guerra podia e devia ter sido evitada, nomeadamente, pondo fim às permanentes violações de cessar-fogo acordado em Minsk, que o governo ucraniano vem promovendo na denominada região do Donbass, desde 2014; travando a política belicista e expansionista da NATO para o Leste da Europa, que viola o acordado em 1991, em particular, através da integração da Ucrânia e da ampliação dos meios militares junto às fronteiras da Federação Russa.

Mas os poderosos interesses geoeconómicos e geoestratégicos que se digladiam no plano global e regional falaram mais alto, pondo em risco milhões de vidas.

Solução pacífica dos conflitos

É urgente regressar às negociações e assegurar o respeito pelo direito internacional. Neste sentido, o STAL insta o governo português a desenvolver todos os esforços no sentido do apaziguamento e do fim do conflito, como determina a Constituição da República Portuguesa, que consagra “a solução pacífica dos conflitos internacionais” e “o desarmamento geral, simultâneo e controlado”, e o Tratado da União Europeia que, de acordo com o seu artigo 3.º, tem por objectivo “promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos”.

O STAL reafirma o seu compromisso em defesa da Paz, e expressa a sua solidariedade com os trabalhadores e o povo, os principais afectados pela guerra e a destruição.

In Jornal do STAL n.º 122