DISTRIBUIÇÃO DE DIVIDENDOS NA EGF

As empresas Valorsul e Amarsul, do grupo EGF, procederam à distribuição de dividendos de acordo com as recentes alterações da estrutura accionista, permitindo que os novos donos privados embolsassem milhões de euros que foram acumulados em anos anteriores à privatização.

Já este ano e por via da aplicação do «Pacto Parassocial», só no caso da Valorsul, a distribuição de dividendos representou a entrega de 11 milhões de euros ao Grupo Mota-Engil, correspondentes a 56% da sua participação accionista. No caso da Amarsul foram entregues quatro milhões de euros à Mota-Engil.

Estes factos, lamentavelmente, confirmam os alertas desde sempre feitos pelo STAL de que o processo de venda da participação do Estado a este grupo privado estava inquinado desde o seu início, denotando relações de promiscuidade com membros do anterior governo PSD/CDS-PP, que permitiu que um grupo privado se apoderasse de um valiosíssimo património público desenvolvido ao longo de décadas, e o transformasse num monopólio privado sem paralelo na Europa.

Prova dessa promiscuidade é a contratação pela Mota-Engil do ex-ministro Paulo Portas, por números milionários, como se o anterior governante fosse detentor de uma enorme experiência profissional e de um profundo conhecimento técnico no domínio dos Resíduos Sólidos Urbanos.

Os trabalhadores manifestam um sentimento de grande revolta por esta autêntica rapina de lucros gerados pelo sector público, ao mesmo tempo que os novos donos privados não demonstram qualquer abertura para a melhoria dos salários e a alteração das péssimas condições de trabalho nas empresas, ficando indiferentes à infeliz ocorrência de acidentes de trabalho mortais entretanto verificada.

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