STAL DENUNCIA DEMAGOGIA DO GOVERNO
O STAL condena a intenção do Governo em privatizar a EGF a qualquer preço, hoje reafirmada pelo ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, contrariando a vontade dos municípios e dos trabalhadores, e em claro prejuízo das populações e do País.
Reagindo às declarações do governante, hoje proferidas no 8.º Fórum Nacional de Resíduos, em Lisboa, o STAL classifica de demagógicas e ilusórias as promessas de Moreira da Silva sobre um eventual desagravamento das tarifas do lixo ao consumidor, na sequência da privatização da EGF.
O STAL refuta ainda a afirmação de que a privatização seria a única alternativa para garantir os investimentos que o sector dos resíduos necessita, recordando que as 11 empresas do grupo EGF fizeram investimentos na ordem dos mil milhões de euros na última década. Só em 2012 estas empresas investiram 45 milhões de euros.
Deste modo, as empresas do grupo público não só já dispõem de infra-estruturas e equipamentos modernos e eficientes, como nos próximos anos podem aceder a amplos fundos comunitários, os quais com a privatização irão parar aos bolsos dos grandes grupos económicos.
Trata-se pois de uma privatização concebida para favorecer exclusivamente os interesses privados, ao ponto de o Governo impedir os municípios de comprarem as acções detidas pela EGF e de participarem no processo de alienação, apesar das posições que as autarquias detêm enquanto accionistas e fornecedores dos sistemas de resíduos.
Uma privatização que, além do Governo e dos grupos económicos interessados, mais ninguém quer, pois, tal como outras privatizações comprovam, lesará gravemente os interesses do país, dos municípios e conduzirá mais cedo que tarde à degradação da qualidade dos serviços, ao aumento de preços e à perda de postos de trabalho.
O STAL continuará a mobilizar os trabalhadores e as populações e a apoiar os municípios na exigência de manter a EGF na esfera pública, garantindo uma política de resíduos que sirva os interesse das populações, a defesa dos postos de trabalho, o equilíbrio ambiental, e não o lucro.