Prosseguindo a sanha privatizadora, o Governo aprovou a venda da EGF ao grupo Mota-Engil/SUMA. Esta decisão é um roubo, um negócio ruinoso amplamente rejeitado pelos trabalhadores, populações e pela esmagadora maioria dos autarcas, como evidencia a recusa de 162 municípios, de um total de 174 que integram a EGF, em vender as acções de que são detentores bem como as várias providências cautelares interpostas pelas autarquias, confirmando o completo isolamento do Governo.
Os motivos da contestação são claros: a EGF é uma empresa estratégica que presta um serviço público essencial ao ambiente, ao desenvolvimento e à qualidade de vida dos portugueses, não deve por isso ser submetida à lógica do lucro. A EGF tem uma posição dominante no sector, pois as 11 empresas criadas em parceria com os municípios gerem 65% do total nacional dos resíduos sólidos urbanos. A venda da EGF daria origem à criação de um monopólio privado sem paralelo na Europa (à excepção de Nápoles, onde a máfia controla o lixo).
É urgente reverter a decisão do Governo.
E só com a luta isso será possível.