A dinâmica de luta dos últimos cinco anos tem sido em grande parte determinada pela política da maioria socialista iniciada em 1995. Prometendo um corte com uma década de governação PSD/Cavaco Silva, o PS gerou legítimas expectativas nos trabalhadores da Administração Local, mostrando-se disposto a resolver os seus problemas fundamentais segundo princípios e prazos fixados no Acordo de Janeiro de 1996.

Mas poucos meses bastaram para que a chamada política do «diálogo» fosse contestada por falta de resultados. Daí para cá, os trabalhadores mantiveram-se atentos e prontos a lutar - a única forma de obrigar o Governo a cumprir algumas das promessas.

Em Junho de 1996, três mil trabalhadores exigiram frente à AR o reinicio das negociações entretanto interrompidas. O cumprimento do acordo, dos seus prazos, bem como a luta por aumentos salariais condignos estão presentes no plenário nacional de 15 de Outubro, em Lisboa, e dias depois, em 24 de Outubro, no plenário da Frente Comum que enche completamente o Coliseu dos Recreios.

O atraso nas negociações foi uma das grandes preocupações manifestadas no 3.º Congresso do STAL realizado nos dias 13 e 14 de Dezembro de 1996, em Tróia.

Em Janeiro de 1997, o plenário nacional do STAL convoca para 17 de Março uma greve na qual os restantes sindicatos da Frente Comum aderiram. Mais tarde o STAL convoca nova greve em 19 de Maio, desta vez realizada apenas na Administração Local.

Em 26 de Junho, após um plenário nacional do STAL e STML, realiza-se nova manifestação e, em 30 de Outubro, têm lugar desfiles de protesto em Lisboa, Porto e Coimbra promovidos conjuntamente pelos sindicatos da Frente Comum. O ano não terminaria sem que nova greve da Administração Pública se realizasse em 28 de Novembro.

Em 27 de Maio de 1998, mais de cinco mil trabalhadores do STAL e STML concentram-se no Terreiro do Paço e a luta endurece com a convocação de nova greve para 7 de Julho.
O processo de privatizações, em particular no domínio do abastecimento de água, leva o STAL a promover, em 15 de Outubro, a Conferência da Água que reúne para além de numerosos dirigentes sindicais, um conjunto de especialistas convidados.

Após o plenário nacional de 24 de Outubro, realiza-se, em 5 de Novembro, a Conferência de Organização e, no mesmo mês, (dia 25), milhares de trabalhadores vêm a Lisboa manifestar-se contra a política do Governo.

Nesse mesmo dia, uma acção inédita nos Açores leva às ruas de Ponta Delgada cerca de 700 trabalhadores das autarquias que reclamam a reposição da remuneração complementar. Esta reivindicação viria a ser satisfeita um ano mais tarde pela Assembleia Legislativa Regional, depois de várias iniciativas sindicais que tiveram como pontos altos as manifestações de 19 e 23 de Novembro de 1999, respectivamente em Ponta Delgada e Horta.

O ano de 1999 começa com um encontro sobre CCD's (Casas de Cultura, Desporto e Serviços Sociais), cujo financiamento estava a ser posto em causa em várias autarquias, o que motiva (em 17 de Fevereiro), a deslocação de mais de um milhar de trabalhadores à Assembleia da República. O Parlamento acaba por aprovar um diploma que resolve no imediato os problemas daquelas instituições de carácter social e cultural.

As questões reivindicativas mais gerais voltam a estar presentes numa grande manifestação, em 9 de Abril, que parte do Marquês de Pombal para S. Bento.

Com o início do ano 2000, a luta intensifica-se. Dez mil trabalhadores manifestam-se na capital em 27 de Janeiro e, a 18 de Fevereiro, a Administração Pública entra em greve, registando-se uma adesão nas autarquias que ronda os 80 por cento.

Em protesto contra a decisão da CM de Sintra de privatizar a recolha e tratamento de resíduos sólidos, os trabalhadores do sector iniciam uma greve de sete dias (de 2 a 10 de Março) que ficará marcada por várias ameaças e coacções por parte da autarquia e pela intervenção violenta da PSP e GNR. Porém a unidade e determinação dos trabalhadores, que cumpriram nova greve entre 2 e 8 de Maio, obrigou a câmara a recuar e a constituir uma empresa municipal para gerir a recolha de resíduos em todo o concelho. Também as câmaras de Mafra, Braga, Setúbal, Matosinhos, Amadora e Covilhã entre outras recuaram nas suas intenções privatizadoras, dando razão à luta dos trabalhadores que souberam opor-se-lhes com determinação e firmeza.

 

Pin It
17 de Maio | Jornada Nacional de Luta dos...
Qui., Abr. 18, 2024
"O programa do novo governo não traz nada...
Qua., Abr. 17, 2024
STAL participou no 10.º Congresso do...
Seg., Abr. 15, 2024
Defender o SNS, cumprir Abril
Sex., Abr. 05, 2024
ACEP | Trabalhadores municipais de Castelo...
Sex., Abr. 05, 2024
RESINORTE | “Ovos da Páscoa” com...
Qua., Abr. 03, 2024
6 DE ABRIL | Acção de solidariedade com a...
Ter., Abr. 02, 2024
Greve dos trabalhadores da recolha de...
Ter., Abr. 02, 2024
ANMP disponível para interceder junto das...
Seg., Abr. 01, 2024
STAL promove acção de denúncia e protesto...
Qua., Mar. 27, 2024
Fazer a Paz com (a)água!
Sex., Mar. 22, 2024
É tempo de agir e de lutar!
Qui., Mar. 14, 2024
Jornada Reivindicativa da Frente Comum por...
Qua., Mar. 13, 2024
A luta continua pela afirmação da igualdade...
Sex., Mar. 08, 2024
Dia Internacional da Mulher trabalhadora -...
Ter., Mar. 05, 2024
STAL no XV Congresso da CGTP-IN
Seg., Mar. 04, 2024