Após intensa actividade e luta, conduzida pelo STAL, que levou o problema ao Presidente da República, Primeiro Ministro, Ministro da Administração Interna, Provedor de Justiça e Assembleia da República, onde reuniu com todos os grupos parlamentares, foi conseguida uma grande vitória para os trabalhadores das Assembleias Distritais com a alteração positiva do Decreto-Lei n.º 288/85. As alterações traduziram-se fundamentalmente pela garantia da segurança do emprego, do pagamento dos vencimentos e dos demais abonos através de verbas do Orçamento do Estado e do direito à carreira.
Em 22 de Janeiro, dirigentes e activistas sindicais do STAL concentram-se frente ao Ministério da Administração Interna, exigindo a reposição do poder de compra dos trabalhadores, a negociação do projecto de carreiras do STAL e a negociação da PRC/86. Pelos mesmos objectivos e no mesmo local, realiza-se uma grande concentração em 2 de Abril, seguida de manifestação para a Assembleia da República. Foi após estas acções que o Governo se sentou, finalmente, à mesa das negociações.
A 5 de Fevereiro, grande manifestação da Frente Comum de Sindicatos, em Lisboa.
Em Março, realiza-se o Conselho Nacional Plenário na Foz do Arelho, região de Leiria, onde foi aprovada por aclamação uma proposta conducente à realização de uma grande campanha nacional de sensibilização e esclarecimento da opinião pública e a intensificação e agudização das formas de luta, tendo como objectivos alcançar a segurança e estabilidade do emprego, a negociação efectiva do Projecto de Alterações ao sistema de carreiras, entregue pelo STAL, e a negociação de todas as matérias que interfiram com os direitos e interesses dos trabalhadores do sector.
Realiza-se distribuição de comunicados à população, plenários nos locais de trabalho e nas horas de serviço, conferências de imprensa e vigílias. Estas acções culminam com uma greve sectorial, em 22 de Maio, nos distritos de Beja, Évora, Santarém e Setúbal e nos transportes colectivos do Barreiro, Coimbra, Aveiro, Braga e Portalegre. Finalmente, no dia 28 de Maio, cumprese um dia de greve nacional.
Em 23 de Outubro, mais uma concentração frente à residência oficial do 1º Ministro e, a 18 de Novembro, manifestação em Lisboa que leva o Governo a subir a sua proposta de aumento salarial para 1987, de 9,5 por cento para 11,5 por cento.
Em 6 de Novembro realizam-se as eleições para os corpos gerentes nacionais do STAL, que vieram a ser impugnadas por alegadas irregularidades processuais que o Tribunal através de decisão não veio validar.