FONTE: Noticias ao Minuto
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) apresentou hoje uma petição para contestar a privatização da Empresa Geral de Fomento (EGF), que já conta com sete mil assinaturas.
Em causa está o processo de privatização dos capitais estatais na EGF, uma ''sub-holding'' do grupo Águas de Portugal, que é responsável pela recolha, transporte, tratamento e valorização de resíduos, através de 11 empresas concessionárias.
A privatização da EGF, cujo decreto-lei já foi aprovado, assim como o respetivo caderno de encargos, tem sido contestada por vários municípios e alguns avançaram com ações judiciais para tentar travar o processo. Nesse sentido, a apresentação da petição do STAL esta manhã à porta da Assembleia da República, em Lisboa, foi mais uma manifestação de descontentamento face a este processo, como referiu à agência Lusa o presidente do STAL, Francisco Braz. "Esta privatização é completamente inaceitável. Nós pensamos que ainda é possível travar este processo porque é necessário e indispensável que se ponha fim ao delapidar do património deste país", afirmou.
O sindicalista frisou que a consumação do processo de privatização "acarretará graves prejuízos" para a economia do país e para os municípios, "que verão a sua ação no setor limitado à recolha de resíduos". "O Governo diz que o faz pela crise, mas entrega a privados setores que vão prolongar a crise e que vão rapinar o país. No caso da EGF trata-se de uma empresa que dá lucro e que foi objeto de grande investimento público.
Quando dizemos que o país tem dívidas, uma parte foi em investimento público em empresas destas, argumentou. Além da petição, que já conta com cerca de sete mil assinaturas, o STAL vai enviar ao ministro do Ambiente, Jorge Moreira da Silva, um ofício, no qual o sindicato sustenta a oposição à privatização da EGF.
Ainda durante o dia de hoje o STAL irá reunir-se com os grupos parlamentares do Partido Comunista, Bloco de Esquerda e Os Verdes, para discutir também este processo.