PELOS DIREITOS E VALORIZAÇÃO DOS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
O STAL rejeita o ataque aos direitos dos trabalhadores da Administração Pública, e em particular os da Administração Local, e a política de empobrecimento que o governo PS lhes quer impor! Reafirma a necessidade de resposta aos problemas com que estes se confrontam, sublinha a justeza da Proposta Reivindicativa Comum para 2023 apresentada pela Frente Comum, e exige a sua negociação efectiva, no sentido de reverter o actual caminho, garantindo o reforço dos direitos e das legítimas expectativas de melhores condições de vida e laborais dos trabalhadores.
RECUSAMOS EMPOBRECER A TRABALHAR. EXIGIMOS SOLUÇÕES!
Em 2022, o agravamento do custo de vida e a maior inflação dos últimos 30 anos atingiu brutalmente os trabalhadores da Administração Pública, e particularmente os da Administração Local, cujos rendimentos, em média, “encolheram” 20% nos últimos 13 anos.
Em 2023 o panorama continuará a ser pouco animador, com as ilusões criadas pelo governo PS a contrastar com a dura realidade: salários “curtos” para meses cada vezes mais “longos”; a inflação vai continuar a ser elevada (o Banco de Portugal estima uma taxa de 5,8%), assim como o preço dos bens alimentares (em Novembro, cresceram 20% face a 2021) e da energia (+24,7%), e a cobrança de impostos (até Novembro, o Ministério das Finanças “arrecadou” 47.359 milhões de euros, ou seja, +7053 milhões de euros do que inicialmente previsto para 2022).
Também em plena crise social e económica em que vivemos cresceram, extraordinariamente, os lucros dos grandes grupos económicos (as 12 principais empresas do PSI20 anunciaram resultados de 2000 milhões de euros no 1.º semestre de 2022, ou seja +60% em relação em 2021), agravando-se assim o fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
Já a “resposta” do governo PS (com os “bolsos cheios”) às dificuldades dos foi uma actualização dos salários de 3,6% (em média) para este ano, o que fica aquém do necessário para repor o poder de compra e agrava o empobrecimento dos trabalhadores que, em 2022, perderam o equivalente a um mês de salário. E se recuarmos a 2009, a perca de poder de compra é equivalente a três salários, o que é inaceitável!
Existem verbas e condições financeiras para devolver a dignidade e valorizar os trabalhadores. Não aceitamos que o governo PS mantenha as políticas de empobrecimento. Pode e deve fazer diferente, como taxar os lucros extraordinários e fixar os preços dos bens essenciais.