PELO AUMENTO DOS SALÁRIOS E UNIFORMIZAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE TRABALHO
Os trabalhadores das empresas do grupo Águas de Portugal vão estar em greve no próximo dia 24, exigindo o aumento dos salários, a uniformização dos direitos, a regularização dos vínculos precários, a atribuição de carreiras e categorias que correspondam às profissões efectivas e o estabelecimento das 7 horas diárias e 35 horas semanais.
As restrições remuneratórias impostas por sucessivos Orçamentos do Estado aos trabalhadores do sector público, onde se incluem as empresas do grupo Águas de Portugal, conduziram nestes últimos anos à significativa redução dos
salários e à perda de poder de compra.
Tal como a generalidade dos portugueses, também os trabalhadores da AdP sofreram com a tremenda degradação do poder aquisitivo, em consequência do aumento generalizado de preços e da subida de impostos e contribuições.
A pretexto da crise, do défice e da dívida pública, sucessivos governos congelaram os salários no sector e negaram o direito a uma progressão na carreira.
SALÁRIOS DE MISÉRIA
Devido ao congelamento da tabela salarial desde 2009, os quatro primeiros escalões (A, B, C e D) tem o mesmo valor do salário mínimo nacional ou seja 580 euros.
Há trabalhadores em empresas do grupo que auferem um salário de 586 euros desde 2009 e cerca de 700 trabalhadores tem um salário inferior a 750 euros.
ESTAMOS EM LUTA POR:
- Aumento dos salários
- Uniformização de direitos (subsídios de turno, refeição, transporte, prevenção) e valorização de um conjunto de subsídios já existentes
- Regularização dos vínculos precários de todos os trabalhadores que ocupam um posto de trabalho permanente
- Carreiras e categorias que correspondam às profissões efectivas dos trabalhadores, com regras expressas e objectivas de desenvolvimento profissional
- Fixação do período normal de trabalho em 7 horas diárias e 35 horas semanais
- Exercício efectivo do direito de negociação e contratação colectiva
- Aplicação integral do Acordo Empresa na EPAL a todos os trabalhadores