STAL SAÚDA TRABALHADORES PELO ÊXITO DA GREVE EM BRAGA
O STAL saúda os trabalhadores da Câmara e Empresas Municipais de Braga pela unidade, firmeza e solidariedade de classe que mais uma vez demonstraram na
greve, hoje realizada, pela uniformização do horário de trabalho em todo o universo municipal.
Prosseguindo a sua justa luta pela igualdade de horário, os trabalhadores da Câmara e Empresas Municipais de Braga cumprem hoje uma greve, a segunda no espaço de um ano, pela aplicação das 35 horas a todos os trabalhadores independentemente do seu vínculo contratual.
Dando provas de um alto sentido de justiça e solidariedade de classe, trabalhadores com vínculo público, que já beneficiam das 35 horas, não hesitaram em se colocar do lado dos seus colegas com vínculo de regime privado (cerca de 400 trabalhadores), forçados a cumprir gratuitamente mais cinco horas de trabalho semanal.
À semelhança da greve realizada a 29 de Julho de 2016, a paralisação de hoje, teve na AGERE forte impacto na recolha do lixo, o Edifício principal está encerrado, Secção de Águas e Saneamento encerrado, trabalhando os piquetes obrigatórios por Lei, ETAR e ETA encontra-se um operador (serviços mínimos), na Câmara Municipal regista-se uma forte adesão, estando várias escolas do 1º ciclo encerradas, Cemitério Municipal encerrado, só estando assegurados os serviços mínimos e registou uma adesão próxima dos 95 por cento na empresa de Transportes Urbanos de Braga (TUB), onde num total de 105 autocarros, apenas cinco saíram da gare.
Na empresa municipal AGERE, a greve também foi amplamente seguida, apesar das pressões exercidas sobre os trabalhadores, em particular, no que toca ao cumprimento de serviços mínimos.
O STAL denuncia o comportamento prepotente da administração da AGERE que deu ordens expressas para barrar a entrada nas instalações de representantes do Sindicato, impedindo-os de verificar eventuais abusos na definição de serviços mínimos.
Esta interdição em dia de greve vem reforçar as suspeitas de que a Administração da AGERE destacou trabalhadores para funções que extravasam o normal cumprimento de serviços mínimos.
Manter a unidade, prosseguir a luta
O êxito desta jornada de luta demonstra que os trabalhadores estão determinados a prosseguir a luta pelas suas justas reivindicações.
O STAL espera que depois desta expressiva jornada de luta o presidente da Câmara de Braga, Ricardo Rio, cumpra a palavra e inicie as negociações das propostas de protocolo já entregues pelo STAL nas empresas do município.
O STAL aproveita para refutar as recentes declarações hipócritas de Ricardo Rio, de que só seria possível aplicar as 35 horas nas empresas municipais, caso o Governo legislasse a redução do horário de trabalho para todos os trabalhadores (Diário do Minho, edição de dia 7 de Junho).
Com tal argumento, Ricardo Rio procura criar a ideia de que a lei o impede de reduzir o horário de trabalho. Nada mais falso, como bem sabe.
O edil sabe bem que os instrumentos de contratação colectiva são suficientes para regulamentar esta e outras matérias. Aliás foi ele próprio que sugeriu ao STAL que apresentasse propostas de protocolo nas empresas municipais.
Ricardo Rio sabe igualmente que um grande número de empresas municipais por todo o País pratica o horário das 35 horas, precisamente para evitar discriminações infames entre trabalhadores.
Ainda recentemente, em Abril último, a empresa municipal de Gestão dos Bairros Municipais de Lisboa aplicou as 35 horas a todos os trabalhadores, na sequência de um acordo negociado pelo STAL e pelo STML (Sindicato do Município de Lisboa).
Por conseguinte, em vez de se queixar da «pressão» da luta dos trabalhadores, Ricardo Rio deveria seguir os bons exemplos, respeitando os direitos e dignificando aqueles que todos os dias com os seu trabalho asseguram serviços essenciais à população.