TRABALHADORES DO GRUPO EGF INTENSIFICAM A LUTA
Os trabalhadores de quatro empresas do sector de resíduos do Grupo EGF – ERSUC, Resiestrela, Resinorte e Valorlis – decidiram, na concentração da última sexta-feira (dia 18), realizar uma greve de 48 horas, exigindo salários justos, carreiras dignas, suplemento de risco e um ACT que valorize profissional e socialmente os trabalhadores.
Os cerca de 1000 trabalhadores ao serviço da ERSUC, Resiestrela, Resinorte, e Valorlis prestam serviço a 91 de municípios dos distritos de Aveiro, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Guarda, Leiria, Vila Real e Viseu, e servem uma população de mais de dois milhões e 300 mil habitantes.
Face ao agravamento dos problemas nos locais de trabalho e perante a atitude de desrespeito pelas organizações sindicais, pelos trabalhadores e recusa em negociar um Acordo Colectivo de Trabalho (ACT) demonstrados pela EGF, não resta outro caminho aos trabalhadores que não seja exigir, com a sua luta, as respostas que se impõem!
Os trabalhadores não são peças descartáveis!
Os trabalhadores não aceitam que a EGF continue a desvalorizar o seu trabalho, a desrespeitar a contratação e a fugir à obrigação de negociar, reafirmando que a pandemia não pode impedir a melhoria dos direitos.
Defendendo que o futuro não pode continuar a ser marcado por salários de miséria, pela precariedade, pela ausência de evolução profissional e por ritmos de trabalho infernais, os trabalhadores estarão em greve nos próximos dias 28 e 29, para exigir a valorização das carreiras, a melhoria das condições de trabalho e o aumento dos salários.
Em comunicado distribuído aos trabalhadores, o STAL condena a atitude da administração do Grupo EGF, que se recusa a iniciar qualquer processo de negociação colectiva global ou local.
As estruturas representativas dos trabalhadores revindicam:
- A negociação de um ACT que uniformize as regras laborais para todos os trabalhadores do Grupo, que promova e garanta a valorização remuneratória, a dignificação profissional e a qualidade do serviço público prestado;
- O aumento imediato dos salários, dos subsídios de refeição, de transporte e de outras prestações, que reponham o poder de compra perdido nos últimos anos;
- A atribuição de um subsídio de risco extraordinário, no quadro do surto epidémico que atravessamos, e a regulamentação de um suplemento de risco;
- A valorização das carreiras profissionais, garantindo a progressão e a promoção;
- O respeito pelas normas de saúde e segurança no trabalho.