210707 AumentosADSE 47180 APESAR DA SAÚDE FINANCEIRA DA ADSE

No Conselho Geral e de Supervisão, representantes do Governo, da Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRE) e da FESAP/UGT, viabilizaram o aumento dos encargos dos beneficiários. Esta decisão, com a participação de organizações que se dizem defensoras dos trabalhadores e pensionistas, é inadmissível, dada a saúde financeira da ADSE que é suportada pela contribuição dos trabalhadores e aposentados.

Era possível, necessária e completamente justificável uma revisão das Tabelas do Regime Convencionado que, ao invés, diminuísse os encargos dos trabalhadores e aposentados beneficiários da ADSE, nomeadamente em áreas de grande utilização como são as consultas, os meios complementares de diagnóstico, a medicina dentária, incluindo nesta, a comparticipação em mais actos clínicos e o aumento da comparticipação em óculos (armações e lentes).

Essa não foi a opção do Governo, nem da ANMP, da ANAFRE, da APRE e da FESAP/UGT que aceitaram e votaram favoravelmente estes aumentos sem atenderem ao facto de não estar em causa a sustentabilidade da ADSE.

Ver comunicado

Frente Comum não aceita aumento de encargos para os beneficiários

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública não pode concordar que se proceda a uma Revisão das Tabelas do Regime Convencionado com aumentos de comparticipação dos beneficiários:

  • numa situação económica, social e sanitária de grandes repercussões e incertezas, como a que vivemos;
  • num contexto em que a generalidade dos salários se encontra, há mais de dez anos, sem atualização, havendo alguma alteração apenas no valor da remuneração mínima;
  • num contexto em que as pensões não têm sido actualizadas, com excepção para as que têm um montante global igual ou inferior a 1,5 vezes do valor do Indexante dos Apoios Sociais (IAS), mas que, desde 2016, apenas tiveram aumentos entre 6,00€ e 10,00€;
  • num contexto em que os rendimentos dos Trabalhadores da Administração Pública são penalizados com uma comparticipação para a ADSE de 3,5% sobre o salário mensal e os subsídios de férias e Natal;
  • num contexto em que a ADSE acumula milhões de euros em saldos, não se colocando problemas de sustentabilidade.

A par das críticas aos agravamentos que, como se fundamenta, são desnecessários, a Frente Comum reconhece também que as Tabelas do Regime Convencionado que entram em vigor em 1 de Setembro, contêm algumas melhorias:

  • a fixação de preços máximos para 701 procedimentos cirúrgicos, assim como para 9980 próteses e para 2444 medicamentos, sendo que 265 são medicamentos oncológicos;
    o aumento da comparticipação da ADSE nos internamentos;
  • a introdução de uma regra para dificultar a saída de médicos do Regime Convencionado para o Regime Livre, ainda que essa saída também resulte do facto de a ADSE demorar demasiado tempo para cumprir os seus compromissos para com eles.

 

São os trabalhadores e aposentados da Administração Pública que suportam a ADSE

A ADSE é hoje um Instituto do Estado suportado pela contribuição dos trabalhadores e aposentados. Os saldos de milhões de euros da ADSE não podem servir apenas para engrossar os lucros dos privados da saúde e a coluna das receitas no Orçamento de Estado.

Os trabalhadores e aposentados da Administração Pública descontam 14 vezes por ano 3,5% dos seus salários e pensões, bem como dos subsídios de férias e de Natal. A receita dos descontos que financiam a ADSE assume valores que garantem a sua sustentabilidade. Neste contexto, não é aceitável o aumento de comparticipações exigido aos beneficiários.

 

ADSE acumula saldos positivos

A ADSE, de ano para ano, vem acumulando milhões de euros em saldos positivos, pelo que não se compreende a penalização dos beneficiários. No final de 2020, a ADSE tinha acumulado 771,8 milhões de euros, dos quais foram investidos 350 milhões de euros em Títulos do Estado, e o restante (421,8 milhões de euros) em depósitos à ordem, praticamente sem rendimento, porque as taxas de juros pagas são quase nulas. Porém, para movimentar esse dinheiro, embora seja da ADSE, isto é, dos beneficiários, é necessária a autorização do Ministro das Finanças.

 

Comprometido o pagamento atempado dos reembolsos aos beneficiários

Desde 2019 que a ADSE procura contratar trabalhadores. Para poder cumprir a sua missão precisa de admitir técnicos superiores e assistentes técnicos, mas tem sido dificultada pelo Governo (Ministério das Finanças) a concretização destas admissões.

Para sobreviver e responder minimamente às necessidades dos beneficiários, nomeadamente o pagamento atempado dos reembolsos aos beneficiários no Regime Livre, a ADSE tem “comprado” milhares de horas de trabalho a empresas de trabalho temporário, o que, ademais, contraria as declarações do governo de que é contra a precariedade e defende o trabalho digno.

As regularizações com os prestadores privados da saúde estão paradas com prejuízo para trabalhadores e aposentados

O processo de regularizações com os privados, que envolve milhões de euros (mais de 84 milhões de Euros até 2020), resulta de eles terem facturado à ADSE mais do que deviam. É urgente recuperar esse dinheiro pertencente aos beneficiários, não se percebendo por que razão se encontra parado. O seu adiamento, que parece intencional (vem de 2015), só tornará mais difícil a recuperação desse dinheiro que, para todos os efeitos, é dinheiro descontado pelos beneficiários.

 

A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública reafirma o que há muito reivindica:

  • A manutenção da ADSE como um direito dos trabalhadores e aposentados da Administração Pública;
  • Que os descontos dos trabalhadores e aposentados apenas incidam sobre os 12 meses de salário ou pensão;
  • Que o desconto mensal seja de 1,5%;
    Que o Estado assuma o ressarcimento à ADSE da política social.
Pin It
STAL exige medidas para a prevenção de riscos profissionais associados ao aumento das temperaturas
O CALOR É UM RISCO! Esta...
segunda-feira, julho 22, 2024
Trabalhadores da CM Espinho exigem melhores condições laborais
Luta garante avanços nas...
sexta-feira, julho 19, 2024
Integração de trabalhadores com vínculos precários avança na «Ágora»
LUTA EM EMPRESA MUNICIPAL NO...
quarta-feira, julho 10, 2024
Tratolixo quer impôr “lei da rolha” e negar liberdade sindical
DELEGADO SINDICAL DO STAL...
sexta-feira, julho 05, 2024
Greve nos SMTCB com adesão total!
LUTA POR MAIS DIREITOS,...
quarta-feira, julho 03, 2024
Frente Comum reafirma exigências dos trabalhadores e apela à intensificação da luta
RESOLUÇÃO COM REIVINDICAÇÕES...
terça-feira, julho 02, 2024
STAL participou no 11.º Congresso da FSESP
É HORA DOS SERVIÇOS...
sexta-feira, junho 28, 2024
Milhares de trabalhadores protestaram em Lisboa pela valorização das carreiras
ADMINISTRAÇÃO LOCAL EM LUTA...
terça-feira, junho 25, 2024
Trabalhadores exigem avaliação justa, imparcial e transparente
CM MARINHA GRANDE NÃO...
segunda-feira, junho 24, 2024
STAL denuncia privatização de serviços essenciais em Beja
TRIBUNA PÚBLICA REÚNE...
segunda-feira, junho 24, 2024
Intervenção do STAL obriga a efectivar trabalhadores com vínculos precários
ACT OBRIGA RESÍDUOS DO...
terça-feira, junho 11, 2024
Greve | Elevada adesão encerra vários serviços da Resinorte
TRABALHADORES EM GREVE POR...
sexta-feira, junho 07, 2024
AdN | Trabalhadores rejeitam decisão da ACT
PROCESSO CONTRA A ÁGUAS DO...
sexta-feira, junho 07, 2024
STAL exige urgente valorização dos trabalhadores da Administração Local e o reforço dos Serviços Públicos
DIRECÇÃO NACIONAL REITERA...
quinta-feira, junho 06, 2024
Trabalhadores da Resinorte em luta por melhores salários e condições laborais
GREVE DE 24 HORAS |...
quinta-feira, junho 06, 2024
STAL em luta pela valorização das profissões na Administração Local
25 DE JUNHO EM LISBOA No dia...
segunda-feira, maio 27, 2024
7 de Junho | Trabalhadores da Resinorte em greve
BASTA DE “MÃO CHEIA DE NADA”...
segunda-feira, maio 27, 2024
Grandiosa jornada de luta dos trabalhadores da Administração Pública obriga governo a agendar reunião
17 DE MAIO | MILHARES...
quinta-feira, maio 23, 2024
«Jornada Nacional De Luta» Reúne milhares em Lisboa
TRABALHADORES DAS AUTARQUIAS...
sexta-feira, maio 17, 2024
Trabalhadores da TRATOLIXO em greve no dia 20 de Maio
EXIGEM RESPEITO E...
quinta-feira, maio 16, 2024
O governo PS “sacou” 100 milhões de euros. o governo PSD/CDS vai repô-los?
NO GRUPO ADP SÓ HÁ TOSTÕES...
sexta-feira, maio 10, 2024
Paz | Manifestação em Lisboa | 11 de Maio | 15h00
PAZ NO MUNDO, PALESTINA...
segunda-feira, maio 06, 2024
1.º Maio | Por todo o país, muitos milhares de trabalhadores fizeram ouvir as suas reivindicações
EXIGEM MELHORES SALÁRIOS E...
quinta-feira, maio 02, 2024
Município do Crato mantém cobertura de amianto no estaleiro, e balneário e “refeitório” indignos
SAÚDE E SEGURANÇA DOS...
terça-feira, abril 30, 2024
17 Maio | Jornada Nacional dos trabalhadores da Adm. Local
Os trabalhadores exigem a...
terça-feira, abril 30, 2024
A luta continua no 1.º de Maio
POR TODO O PAÍS, NOS LOCAIS...
segunda-feira, abril 29, 2024
STAL denuncia riscos para a segurança e saúde dos trabalhadores do Município
CÂMARA MUNICIPAL DO CRATO...
sexta-feira, abril 26, 2024
Greve dos trabalhadores da RESINORTE com adesão muito elevada
A acção de luta que está...
sexta-feira, abril 26, 2024
O País saíu à rua em defesa dos valores de Abril
COM FORTE PARTICIPAÇÃO DE...
sexta-feira, abril 26, 2024
25 de Abril sempre!
Neste dia 25, assinala-se o...
quarta-feira, abril 24, 2024