TRABALHADORES DO GRUPO ADP PARALISAM AMANHÃ, DIA 30
Os trabalhadores do Grupo ADP – Águas de Portugal realizam amanhã – quinta-feira, dia 30 – uma greve nacional de 24 horas, em protesto pela intransigência do Conselho de Administração em responder, de forma positiva, às propostas apresentadas pelo STAL e pela FIEQUIMETAL, e por a Comissão Negociadora da empresa ter recuado no processo negocial em curso, tendo retirado a proposta que estava a ser discutida com as duas estruturas sindicais.
Os trabalhadores responsabilizam a administração do Grupo ADP por esta paralisação, em defesa da sua dignidade e valorização profissional, visto continuar a ignorar as propostas de melhoria das condições de trabalho e da valorização dos trabalhadores, que prestam um serviço de excelência num grupo que registou MAIS DE 415 MILHÕES DE EUROS DE LUCROS (entre 2018 e 2021), mas que insiste em praticar uma política de estagnação salarial.
A paciência e a espera dos trabalhadores, por respostas positivas às suas exigências, têm sido imensas, mas os anos vão passando e o seu poder de compra degrada-se de forma acentuada, em contraste com os lucros registados pelo Grupo ADP ao longo da última década.
A greve desta quinta-feira será uma grande jornada de luta dos trabalhadores, que se mostram mobilizados, unidos e determinados em defesa das suas reivindicações:
– Aumento dos salários em 90 € para todos os trabalhadores; e o aumento extraordinário do salário, fixando-se já nos 804€; e um salário mínimo de 850 euros em 2023, no Grupo ADP;
– O direito e o respeito pela Contratação Colectiva;
– Um novo regime de carreiras, categorias profissionais e funções, que valorize e reconheça a experiência profissional e o empenho dos trabalhadores;
– A urgente regulamentação e atribuição de um Suplemento de Penosidade, Insalubridade e Risco;
– A estabilidade do emprego, o fim do trabalho precário e a contratação de mais trabalhadores;
– A defesa da gestão pública da água, em prol de um serviço público de qualidade;
– O respeito pelas normas de Segurança e Saúde no Trabalho e melhoria das condições laborais;
- A aplicação do Acordo de Empresa da EPAL a todos os trabalhadores ao serviço desta empresa;
- Um período de trabalho de 7 horas diárias e 35 horas semanais no Grupo ADP.
Está nas mãos da administração do Grupo ADP responder, positivamente, às reivindicações dos trabalhadores, sem mais delongas e desculpas, e retomando, de forma urgente, o processo negocial que estava a decorrer, reafirmando o STAL e a FIEQUIMETAL a sua disponibilidade para continuarem o diálogo e a negociação, por forma a encontrarem-se soluções para os problemas concretos dos trabalhadores.