MAIS DIREITOS | MELHORES SALÁRIOS | REVISÃO DO ACT
A Administração do Grupo Águas de Portugal e o Governo não deixam outra alternativa aos trabalhadores a não ser avançarem para a realização de uma greve, de 24 horas, no dia 13 de Dezembro, em defesa dos seus direitos e das exigências que constam do Caderno Reivindicativo apresentado pelo STAL e FIEQUIMETAL.
Numa grande demonstração da indignação e revolta pela falta de respeito da administração e contra os salários de miséria, nesta jornada de luta os trabalhadores exigem:
• Aumento imediato dos salários em 120€ e fixação do salário mínimo em 900€ no Grupo AdP, com a negociação das matérias pecuniárias e outras, apresentadas em sede de revisão do ACT;
• A aplicação efectiva e global do ACT em vigor a todas as empresas, sem IRCT (Instrumento de Regulamentação Colectiva de Trabalho) próprio;
• A conclusão urgente do processo negocial de revisão do ACT;
• A aplicação do AE da EPAL a todos os trabalhadores ao serviço desta empresa;
• A construção de um novo regime de carreiras, categorias profissionais e funções que valorize e reconheça o saber adquirido, a experiência profissional e o empenho dos trabalhadores;
• A urgente regulamentação e consequente atribuição de um suplemento de penosidade, insalubridade e risco;
• A contratação de trabalhadores, hoje em número claramente insuficiente, indispensáveis à para assegurar este serviço, contra as práticas de outsourcing, prejudiciais à prestação de um serviço público de qualidade;
• O respeito pelas normas de segurança e saúde no trabalho e melhoria das condições de trabalho de todos os trabalhadores;
• A redução progressiva do período normal de trabalho, para as 7 horas diárias e 35 horas semanais, para todos os trabalhadores ao serviço das empresas de todo o Grupo Águas de Portugal.
MILHÕES PARA OS ACCIONISTAS, “MIGALHAS” PARA OS TRABALHADORES!
Desde 2009, os trabalhadores do Grupo AdP só beneficiaram de um aumento de 20€ (em 2018), aquando da entrada em vigor do ACT. E há trabalhadores altamente qualificados, com 15 ou 20 anos de serviço, a ganharem o Salário Mínimo Nacional (SMN), sendo que muitos serão, já no início de 2023, “apanhados” pelo novo SMN, ficando assim em iguais condições do que um trabalhador que entre ao serviço da empresa a 1 de Janeiro.
Recentemente, a administração da AdP avançou com uma proposta, para ser discutida numa reunião sugerida para 29 de Dezembro:
• Actualização do valor das remunerações base mensais, com retroactivos a 1 de Janeiro de 2022, dos montantes em 1,2%;
• Actualização da Base da Carreira de Técnico Superior (com retroactivos a 1 de Janeiro de 2022) de 902€ para 1268€.
O STAL e a FIEQUIMETAL estão de acordo com aplicação desta proposta - como acto de gestão e no imediato – a todos os trabalhadores. Mas não aceitamos que a actualização de 1,2% – que equivale às actualizações impostas na Administração Pública em 2020 (0,3%) e 2022 (0,9%) – seja “moeda de troca” pela efectiva negociação de aumentos salariais.
A resolução dos graves problemas dos trabalhadores não se compadece com mais demoras e adiamentos, num grupo que apresentou lucros de 83,3 milhões de euros em 2021 (+6% face a 2020), e mais de 400 milhões de euros nos últimos 10 anos. Não são suficientes para valorizar os trabalhadores?
Só com o aumento dos salários se valorizam os trabalhadores do Grupo AdP, que prestam um serviço público e essencial às populações.