IV CONFERÊNCIA SINDICAL DO STAL REÚNE, HOJE, CERCA DE 500 DELEGADOS E DIRIGENTES EM CORROIOS
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local lembra que os trabalhadores da Administração Pública, com destaque para os da Administração Local, perderam, desde 2009, e em média, o equivalente a três salários, e que, entre 2022 e 2023, irão sofrer, em média, uma quebra real do seu salário de 6%, o que torna a reivindicação do aumento dos salários uma verdadeira emergência nacional.
Esta proposta do STAL foi assumida, esta manhã, no decorrer da sua IV Conferência Sindical, subordinada ao lema «Com os Trabalhadores, por melhores condições de vida e de trabalho. Reforçar o Poder Local Democrático e os Serviços Públicos», e que decorre ao longo desta quarta-feira (dia 20) no Complexo Desportivo de Santa Marta do Pinhal (Corroios), reunindo cerca de meio milhar de delegados e dirigentes do Sindicato, de todas as regiões do País.
Ver intervenção - José Correia
Na sua intervenção na Sessão de Abertura, o presidente do STAL (José Correia) criticou o governo PS pelos anúncios «de medidas e medidazinhas, remendos de alcance sempre muito limitado», que apenas pretendem apresentar «um país das maravilhas», mas que não resolvem «nenhum problema da vida dos trabalhadores, nem travam a degradação progressiva do seu poder de compra», lembrando que, «só em 2022 e 2023, a inflação acumulada de 14,1%, irá ultrapassar o valor acumulado em 12 anos, entre 2010 e 2021, prolongando assim o longo período de recuo salarial».
José Correia enfatizou, também, que a reivindicação do aumento dos salários «é uma verdadeira emergência nacional», acusando, em contraponto, o governo PS de «indiferença perante os lucros escandalosos dos grupos económicos e financeiros», que nada fez para os taxar, ou para «controlar os preços dos bens essenciais, agravando-se assim as desigualdades» sublinhando que «cada vez é maior a parte da riqueza criada que continua a ir parar aos bolsos do grande capital».
Entre as principais reivindicações do STAL, destaque para o aumento de, pelo menos, 15% dos salários, num mínimo de 150 € para todos, actualização do Subsídio de Refeição para 10,50€ e do Salário Mínimo Nacional para chegar aos 1000€ até final do próximo ano.
O STAL reafirma o compromisso com a luta pela soberania e o desenvolvimento de Portugal, pela valorização do trabalho e dos trabalhadores da Administração Local e Regional; pela melhoria das condições de trabalho; pela revogação do SIADAP; pela recuperação das profissões, das carreiras e das categorias profissionais; e pela promoção e valorização da contratação colectiva; por uma vida digna; e pela defesa da liberdade da actividade sindical, uma das conquistas de Abril, quando, em 2024, se assina os 50.º aniversário da Revolução de Abril.