CERCA DE 500 DELEGADOS E DIRIGENTES REUNIDOS EM CORROIOS
O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional reafirmou, nesta quarta-feira (dia 20), como uma das suas prioridades, a urgência em avançar na luta por salários e trabalhadores valorizados, pela recuperação das carreiras e por melhores condições de vida e de trabalho e o reforço dos Serviços Públicos.
Os cerca de meio milhar de participantes na IV Conferência Sindical afirmaram o compromisso de intensificar a mobilização e a organização da luta dos trabalhadores da Administração Local e Regional pela reposição e conquista de direitos, pelo aumento de salários, por melhores condições de vida e de trabalho, pelo reforço do Poder Local Democrático e das Funções Sociais do Estado.
Ver vídeo - sessão de abertura
Este encontro assumiu-se como um importante momento de reflexão e de discussão colectiva do STAL sobre os principais problemas que afectam os trabalhadores da Administração Local e Regional, bem como de análise das políticas do actual governo PS e da situação económica e social do País, na perspectiva da necessidade urgente de valorização do trabalho e dos trabalhadores deste sector da Administração Pública, que, no final de 2022, representava cerca de 20% do emprego, ou seja, perto de 140 mil trabalhadores.
A afirmação do Poder Local Democrático, conquista de Abril; a descentralização e a regionalização, bem como as orientações para o reforço da acção do STAL foram outros dos temas em destaque nesta IV Conferência Sindical do STAL, cuja sessão de encerramento contou com a intervenção da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha.
A dirigente da Intersindical critica a «ideia que nos querem impingir de um País das Maravilhas e de sucesso, que não corresponde à realidade dos trabalhadores e de vastas camadas da população».
Sublinhando que «aumentou a desigualdade na distribuição da riqueza», Isabel Camarinha lembrou que «20 das maiores empresas ou grupos económicos nacionais lucram, todos os dias, 25 milhões de euros», enquanto se agrava «o empobrecimento dos trabalhadores e do povo, em geral; se aprofunda a exploração e se acentuam os ataques à liberdade da actividade sindical, ao Poder Local Democrático, aos Serviços Públicos e às Funções Sociais do Estado; e se bloqueia o direito e a aplicação da contratação colectiva».
Assim, e no conjunto das prioridades reivindicativas definidas pela CGTP-IN para 2024, anunciadas pela Secretária-Geral, destaque para o aumento dos salários em 15%, num mínimo de 150€ para todos os trabalhadores, com efeitos a de 1 de Janeiro; o aumento do Salário Mínimo na Administração Pública para 910€, em Janeiro, atingindo os 1000€ ao longo de 2024; valorização das carreiras; jornada de trabalho de 35 horas semanais e o fim da desregulação do horário laboral; fim da precariedade nos sectores público e privado; e o reforço do investimento nos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.
O presidente do STAL (José Correia,) por seu lado, na intervenção de encerramento dos trabalhos, destacou que a IV Conferência Sindical fica marcada pela «demonstração muito viva daquilo que caracteriza este grande Sindicato: a fraternidade, a convicção, o empenho e a militância com que abraçamos a causa da Luta por um País mais justo e por melhores condições de trabalho e de vida para todos os trabalhadores da Administração Local e Regional», tendo ainda reafirmado que, além das reivindicações anunciadas pela dirigente da CGTP-IN, a luta do Sindicato continua e vai intensificar-se, acompanhando as prioridades da política reivindicativa para 2024 aprovadas pelo Conselho Nacional da CGTP-IN, tal como as exigências que constam da “Proposta Reivindicativa Comum” da Frente Comum para o próximo ano, que será discutida na cimeira de sindicatos agendada para o próximo dia 27.