NO GRUPO ADP SÓ HÁ TOSTÕES PARA OS TRABALHADORES!
Veio agora a público que a Águas de Portugal (AdP) transferiu 100 milhões de euros para o Estado, a título de dividendo extraordinário, verba que foi usada para melhorar as contas públicas no ano passado.
Ora, esta “engenharia financeira” só confirma o que os trabalhadores do Grupo AdP afirmam ao longo destes últimos anos: HÁ MILHÕES DE EUROS DE LUCRO!
Em 2023, a AdP totalizou 102 milhões de euros de lucro (+2,2% face a 2022); enquanto o volume de negócios atingiu cerca de 790 milhões de euros (+6,4%). Em vez de terem as contas certas com os trabalhadores, o Governo e a administração da AdP, submissos às regras impostas pela União Europeia/BCE/FMI, optaram por essas imposições em detrimento de quem trabalha! Para o défice há milhões, mas para os trabalhadores sobram… tostões!
Os incumprimentos constantes do Acordo Colectivo de Trabalho têm conduzido ao empobrecimento dos trabalhadores do Grupo AdP, responsáveis pela riqueza produzida, o que é inaceitável!
Apesar dos tais muitos milhões, a administração tem privado os trabalhadores de aumentos salariais dignos ao longo dos anos, alegando imposições e limites orçamentais. Afinal, parece que só são um problema quando se trata da valorização dos trabalhadores.
A LUTA CONTINUA!
O STAL e a FIEQUIMETAL consideram inadmissível que o esforço e a dedicação dos trabalhadores do Grupo AdP sejam colocados em causa face a “manobras políticas e financeiras”, e que a sua valorização esteja sempre limitada por “aumentos” percentuais abaixo do aumento do custo de vida, agravando a difícil situação social e económica com que se confrontam, bem como as suas famílias, no dia-a-dia.
Num ápice, “apareceram” 100 milhões de euros, que dariam para resolver as situações de incumprimento do Acordo Colectivo de Trabalho no grupo e a valorização profissional dos trabalhadores… e ainda sobrava para o “excedente”!
Os trabalhadores do Grupo AdP são quem, com a sua força de trabalho, produzem a riqueza, mas quando toca à sua distribuição... não há verba disponível para tal.
O STAL, a FIEQUIMETAL e os trabalhadores reafirmam que a luta continua por:
– Aumento salarial de 150€ para todos os trabalhadores, e a fixação do salário de entrada em 1100€;
– Aumento do Subsídio de Refeição para 12€;
– Aplicação do Suplemento de Penosidade, Insalubridade e Risco;
– Redução da jornada de trabalho para as 35 horas semanais, e pelo direito a 25 dias de férias;
– Revisão do ACT e pela construção de uma nova tabela salarial e de conteúdos funcionais.
– A não limitação das tutelas no processo negocial.
Com a força, a determinação e a unidade dos trabalhadores, manteremos o caminho da luta por melhores condições de trabalho e de vida!
UNIDOS SOMOS MAIS FORTES. Sindicaliza-te hoje!