LUTA CONTRA O EMPOBRECIMENTO NO GRUPO ÁGUAS DE PORTUGAL
Contra o empobrecimento, cerca de duas centenas de trabalhadores do Grupo Águas de Portugal (AdP) – a que se junta os trabalhadores em greve nos locais de trabalho, em todo o País, numa acção de luta com grande adesão – manifestaram-se esta manhã (quinta, 21) em Lisboa, junto à sede da empresa para exigir a implementação das medidas que constam do Caderno Reivindicativo apresentado pelo STAL e FIEQUIMETAL.
Entre as principais reivindicações estão o aumento salarial de 150 euros, fixando o salário mínimo de entrada nos 1100 euros, e a revisão urgente do Acordo Colectivo de Trabalho (ACT). Os sindicatos destacam a necessidade de uma nova tabela salarial e a aplicação integral do Acordo de Empresa da EPAL a todos os trabalhadores do grupo.
Os trabalhadores da AdP ainda se vêem confrontados com a não aplicação na íntegra do ACT publicado em Novembro de 2018, levando a que a maioria dos trabalhadores esteja ainda por enquadrar profissionalmente face ao acordado, enquanto se gastam milhões de euros na contratação de gabinetes de advogados e de assessorias. E chega-se ao cúmulo de as administrações das empresas do grupo “interpretarem” de forma diferente (consoante lhes dá mais jeito…) o teor do acordado, designadamente em matérias pecuniárias, quando, efectivamente, o texto é igual para todas.
MELHORES SALÁRIOS E CONDIÇÕES LABORAIS
Decorridos seis anos de permanente insistência por parte do STAL e FIEQUIMETAL, continua por cumprir o acordado, o que é inaceitável num grupo com lucros de 102 milhões de euros em 2023, e muitos mais na última década!
Como o tão badalado “reconhecimento” pela dedicação e esforço dos trabalhadores não pode ser a estagnação salarial, os trabalhadores exigem, entre outras matérias, o aumento do salário em 150€ para todos e um salário mínimo de entrada de 1100€; subsídio de prevenção de 2,30€ e de alimentação de 12€; nova tabela salarial; urgente regulamentação e atribuição de Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco; jornada de trabalho 7 horas diárias/35 horas semanais; e o direito a uma verdadeira Contratação Colectiva.
O STAL e a FIEQUIMETAL exigem que a administração do Grupo AdP dê resposta positiva aos justos anseios e reivindicações dos trabalhadores, reafirmando a sua luta e a sua unidade como determinante para a defesa e conquista de mais direitos, melhores salários e condições de trabalhado.