MANIFESTAÇÃO DOS TRABALHADORES DA ADMINISTRAÇÃO LOCAL, EMPRESAS MUNICIPAIS E CONCESSIONÁRIAS
A manifestação convocada pelo STAL e o STML tem concentração prevista para as 14.30 horas, na Praça da Figueira, em Lisboa, com destino ao Ministério das Finanças. Os trabalhadores rejeitam a política de empobrecimento que o governo PSD/CDS teima em prosseguir e exigem aumentos salariais reais, a valorização das carreiras e a revogação do SIADAP, entre outras matérias.
A taxa de inflação galopante, que atingiu níveis históricos nos últimos anos, está hoje cerca de 16% mais elevada (cresceu tanto nos últimos três anos como nos anteriores 14); já as despesas das famílias com produtos alimentares (27%), e com habitação, electricidade, gás, água e outros combustíveis (17,7%) subiram ainda muito mais, sendo que a prestação média mensal com empréstimos à habitação aumentou cerca de 60% face a Janeiro de 2022.
Os muitos milhares de trabalhadores da Administração Local e do sector empresarial são o “parente pobre” de toda a Administração Pública e auferem, em média, um salário base 35% inferior aos da Administração Central.
A actualização salarial que recentemente entrou em vigor continua a aprofundar a perda de poder de compra dos trabalhadores da Administração Local que, desde 2010, já perderam, em média, três salários. Com as medidas que constam do Orçamento do Estado para 2025, o governo PSD/CDS não contribui para uma melhor redistribuição do rendimento - através da valorização dos salários e das pensões, e de uma política fiscal mais justa e equitativa -, perpetua o caminho do empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública e acentua a degradação dos Serviços Públicos e a resposta que têm de dar à população.
Só há uma maneira de resolver este problema: o aumento salarial de, pelo menos, 15% (mínimo de 150€) que reivindicamos, aplicado aos 749 mil trabalhadores da Administração Pública.