AS REIVINDICAÇÕES DOS TRABALHADORES NÃO PODEM SER IGNORADAS!
Novo ano, novos preços. Aumenta a luz, água, comunicações, renda da casa… Mas o “aumento” dos salários (em 2,15%, valor inferior à inflação em 2024 e, certamente, à de 2025) não acompanha o custo de vida.
É que dos 56,58€, deduzindo-se o IRS, CGA ou Seg. Social e ADSE, sobram cerca de 40€! Quanto ao subsídio de refeição, nem mais um cêntimo. O governo de direita teima em manter os vergonhosos 6€ (querem-nos a pão e água!).
Este é o Governo que regateia uma mísera actualização salarial em 2025 para os trabalhadores da Administração Pública, cujo salário mínimo passou a pagar IRS, mas que queria pagar 16 mil euros mensais a um secretário-geral! Este é o Governo que destina 600 milhões de euros para actualizar salários… e o triplo (1,8 mil milhões de euros) para benefícios fiscais, principalmente, às grandes empresas!
NÃO ACEITAMOS CONTINUAR A EMPOBRECER A TRABALHAR!
O Orçamento do Estado para 2025 do governo PSD/CDS – aprovado com a abstenção do PS (que CH e IL aproveitaram para simularem falsas divergências) e com os votos contra do PCP, BE, PAN e Livre – não contribui para uma melhor redistribuição do rendimento, através da valorização dos salários e das pensões e de uma política fiscal mais justa e equitativa, perpetua o empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública (que o SINTAP e o STE, da UGT, deram a mão, ao assinar o famigerado “Acordo Plurianual” de empobrecimento com o Governo), e acentua a degradação dos Serviços Públicos.
O OE2025 continua a alimentar-se da precariedade e de baixos salários – em particular da Administração Local –, e da proliferação crescente de trabalhadores precários contratados por empresas que prestam serviços ao Estado e às autarquias.
Em contraste, a coligação de direita PSD/CDS é só “mãos-largas” para o sector privado: 50% do orçamento da Saúde vai para grupos privados; distribui 1800 M€ (+9% face a 2024) em benefícios fiscais, sobretudo às grandes empresas, e 1538 M€ em Parcerias Público Privadas; prescinde de 420 milhões de euros (M€) em IRC; e prevê gastar cerca de 20 mil M€ na aquisição de serviços externos (+1310 M€ do que em 2024).
O Governo antevê, ainda, um excedente orçamental superior a 0,4% do PIB (cerca de 1200M€) em 2024, com o Conselho das Finanças Públicas a apontar para 0,7%. Já a receita fiscal do Estado cresceu 2,2% até Novembro, para mais de 60 mil milhões de euros!
EXISTEM CONDIÇÕES FINANCEIRAS PARA DIGNIFICAR E VALORIZAR OS TRABALHADORES!
COMBATER O EMPOBRECIMENTO DOS TRABALHADORES!
Há mais de uma década que os trabalhadores da Administração Pública veem – e, sobretudo, sentem – o salário “encolher” todos os meses, enquanto crescem extraordinariamente os lucros
dos grandes grupos económicos, agravando-se assim o fosso entre os mais ricos e os mais pobres.
Na Administração Pública, o poder de compra actual é inferior ao de 2011, e os seus trabalhadores recebem, em média, cerca de metade dos salários auferidos pelos seus congéneres de
outros países da União Europeia.
Desde 2009, os trabalhadores da Administração Pública, perderam, em média, o equivalente a três salários!
Só há uma maneira de resolver estes problemas: o aumento imediato e significativo dos salários e a justa distribuição da riqueza, produzida por quem trabalha e a cria! O aumento do salário faz falta agora!
Para reverter esta política de empobrecimento dos trabalhadores impõe-se uma forte resposta de todos nós. Só a unidade, organização e luta dos trabalhadores consegue alterar este caminho!
Foi assim no passado, com as 35 horas, a luta do SPI e com o aumento intercalar, e assim vai ter de ser no futuro, que é já agora!
VAMOS À LUTA POR MELHORES CONDIÇÕES DE VIDA
A “Proposta Reivindicativa Comum”, apresentada pela Frente Comum, contém medidas para inverter empobrecimento e para garantir o reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.