ENTREGUE AO 1.ª MINISTRO ABAIXO-ASSINADO SUBSCRITO POR TRABALHADORES DO BARREIRO, COIMBRA E PORTALEGRE
Os trabalhadores dos Serviços Municipalizados dos Transportes Urbanos de Coimbra cumprem hoje o 2.º dia de greve marcado para este mês, tendo-se repetido a adesão massiva, superior a 97%. Mas esta luta – convocada pelo STAL – vai aumentar progressivamente ao longo dos meses até Setembro.
Esta manhã, cerca de uma centena meia de trabalhadores dos SMTUC – bem como delegações dos trabalhadores dos serviços municipais de transportes colectivos do Barreiro e de Portalegre – concentraram-se junto da residência oficial do Primeiro-Ministro, em Lisboa, onde entregaram um abaixo-assinado reivindicativo com mais de meio milhar de assinaturas para exigir, entre outras matérias, a valorização das carreiras profissionais, nomeadamente o facto de os motoristas e mecânicos não terem uma carreira própria, sendo considerados assistentes operacionais.
Uma delegação sindical e dos trabalhadores foi recebida no gabinete do líder do Governo, onde entregou o documento e solicitou uma reunião, com carácter de urgência, para estruturar a carreira de motorista, “destruída” em 2008, pela famigerada Lei 12-A, que “destruiu” as carreiras na Administração Pública, consagrando apenas três carreiras gerais.
GREVE COM ADESÃO MASSIVA!
Esta luta, convocada pelo STAL, arrancou ontem (segunda, 10) com uma adesão esmagadora de mais de 97% e uma concentração junto à Câmara Municipal de Coimbra, a cujo presidente foi entregue uma cópia do abaixo-assinado, subscrito também por trabalhadores dos serviços municipais de transportes colectivos do Barreiro e de Portalegre.
Os trabalhadores cansaram-se da falta de respostas concretas às suas reivindicações por parte do autarca do Município de Coimbra, do conselho de administração dos SMTUC e do próprio Governo e exigem:
- Melhores condições de trabalho; atribuição de Suplemento de Penosidade e Insalubridade; gozo integral dos dias de férias; reposição das carreiras, índices remuneratórios e dos seus conteúdos profissionais específicos, tendo como base as existentes antes da revogação operada pela Lei n.º 12-A/2008, contribuindo para uma urgente dignificação do trabalho e valorização dos trabalhadores; aumento salarial não inferior a 15%, num mínimo de 150 €, para todos os trabalhadores, com efeitos a 1 de Janeiro de 2025; aumento do salário mínimo da Administração Pública para 1000 €, com efeitos a 1 de Janeiro de 2025; e a actualização do Subsídio de Refeição para 10,50 € diários.
LUTA SEMPRE A CRESCER!
A luta dos trabalhadores – que visa, igualmente, a melhoria dos transportes públicos e das condições de segurança e tranquilidade de todos quantos viajam com os SMTUC – irá estender-se até Setembro, com o seguinte calendário:
- 10 e 11 de Fevereiro; 10 a 12 de Março; 21 a 24 de Abril; 26 a 30 de Maio; 22 a 27 de Junho; 13 a 19 de Julho; 17 a 24 de Agosto; e de 14 a 22 de Setembro.
Trata-se de uma greve decidida pelos trabalhadores no plenário de 14 de Janeiro, tendo em conta o seu percurso de luta e, sobretudo, as promessas não cumpridas por parte do presidente do Município de Coimbra relativamente à sua valorização profissional.
A luta em curso conta com a forte solidariedade dos trabalhadores dos serviços municipais de transportes colectivos do Barreiro e de Portalegre, que também subscreveram o abaixo-assinado entregue na residência oficial do líder do Governo esta manhã, com problemas e reivindicações comuns.
Basta de promessas e do adiamento sistemático da resolução dos problemas há muitos apresentados pelo STAL. Assim, a luta irá decorrer, em crescendo, durante os próximos messes, até que haja resposta positiva ao caderno reivindicativo dos trabalhadores.