PLENÁRIO NACIONAL REAFIRMA PRIORIDADES REIVINDICATIVAS
Cerca de meio milhar de activistas, delegados e dirigentes sindicais participaram, nesta quarta-feira (dia 11), n’A Voz do Operário, em Lisboa, no Plenário Nacional do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e do Sector Empresarial.
No encontro foi feita a análise da actualidade político-sindical no País – nomeadamente o novo quadro parlamentar saído das eleições de 18 de Maio –, bem como dos principais problemas que afectam os trabalhadores da Administração Local e sector empresarial, designadamente os baixos salários, a falta de condições de trabalho dignas, os ataques à liberdade do exercício sindical e a precariedade laboral.
Reafirmados os princípios orientadores da acção reivindicativa do STAL, o plenário mostrou-se fortemente determinado e mobilizado para que a acção de luta do próximo dia 27, em Lisboa – o Protesto Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Sector Empresarial –, e aprovou, por unanimidade, duas moções, apelando à Paz e ao fim das guerras, e em apoio da Palestina e do seu povo.
A LUTA CONTINUA!
Das diversas intervenções, destaque para a da presidente do STAL (Cristina Torres), que salientou os aspectos negativos da “viragem à direita” na composição da Assembleia da República (com o reforço das forças políticas mais reaccionárias e de extrema-direita), por “não responder aos interesses dos trabalhadores e do País”, e ao facto de termos “um novo governo, mas com velhas políticas”.
“As dificuldades de quem vive, trabalha ou trabalhou no nosso país são o resultado da política de direita, levada a cabo por sucessivos governos que, no lugar de responderem às necessidades e anseios do seu povo, optaram por dar prioridade aos detentores dos grandes grupos económicos, a quem explora quem trabalha, que acumulam todos os dias milhões de euros de lucro”, sublinhou a presidente do STAL.
A dirigente sublinhou, ainda, que o STAL é o primeiro sindicato “a dizer não à política de direita, a gritar bem alto ‘não passarão!’ e que não aceitamos voltar atrás!”, pelo que, no próximo dia 27, milhares de trabalhadores das autarquias e das empresas municipais marcarão presença em Lisboa em luta por, entre outras exigências, o aumento dos salários e melhores condições de trabalho e de vida; um SPI mais abrangente e actualizado; correcção real da TRU/tabela salarial; regulamentação dos suplementos de disponibilidade e piquete; revogação do SIADAP; valorização das carreiras e profissões; identificação e regulamentação das profissões de desgaste rápido; e o reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.