STAL COMEMORA 50.º ANIVERSÁRIO REAFIRMANDO O REFORÇO DA LUTA POR MAIS DIREITOS E MELHORES CONDIÇÕES DE TRABALHO
Meio século depois da fundação do STAL, os trabalhadores das autarquias e sector empresarial reuniram-se no Porto, nesta sexta-feira, para assinalar a efeméride, numa acção que teve tanto de confraternização como de reivindicativo, e em que foi anunciada a participação do STAL na acção de luta de 20 de Setembro, em Lisboa e Porto, promovida pela CGTP-IN contra o “pacote laboral” do governo PSD/CDS.
Em 24 de Agosto de 1975, no Palácio de Cristal realizou-se a Assembleia Constituinte daquele que seria o primeiro sindicato no sector da Administração Pública a constituir-se após a Revolução de Abril.
Meio século depois desse momento fundador do STAL, meio milhar de trabalhadores voltou a reunir-se no Porto para assinalar a efeméride, numa acção que teve tanto de fraterna confraternização como de mobilização e de luta contra o “pacote laboral” e pela exigência de melhores condições de trabalho e de vida, designadamente a revisão da TRU; o aumento imediato e melhoria dos salários; a valorização e recuperação das profissões; a revogação do SIADAP; 25 dias de férias e 35 horas para todos.
E foi de viva voz, no desfile entre a Av.ª D. Afonso Henriques e a Alameda das Fontainhas, que reafirmaram a sua unidade e determinação em continuar a luta, exigindo a valorização do trabalho e dos Serviços Públicos, e manifestando-se contra o retrocesso social que o governo PSD/CDS quer impor, quer pela política de direita que tem prosseguido, como pela proposta de alteração da legislação laboral que apresentou, e que constitui um verdadeiro “assalto” aos direitos dos trabalhadores.
MOBILIZAÇÃO E CAPACIDADE REIVINDICATIVA
Na resolução aprovada no final deste Plenário Geral, destacam-se as opções políticas da actual coligação de direita, que conta com o apoio dos partidos de extrema-direita -CH e IL e a conivência do PS. “Perante o agravamento do custo de vida – sobretudo em sectores essenciais como a alimentação e habitação – e no acesso aos Serviços Públicos, que tornam a vida de milhões de trabalhadores num inferno, o Governo, em vez de aumentar salários, aprova uma diminuição no IRS, que beneficia mais os salários mais altos e cujo impacto é baixo, e desce os impostos ao grande capital, que deixará de pagar centenas de milhões de euros em impostos que tanta falta fazem aos Serviços Públicos.”
Perante esta brutal ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, a presidente do STAL (Cristina Torres) frisou que “há que organizar o combate, sabendo que, uma coisa é aquilo que o Governo quer, outra é aquilo que será capaz de concretizar quando confrontado com a luta”, acrescentando que “será a mobilização e capacidade reivindicativa que irá determinar o resultado desse combate”.
A dirigente reiterou, ainda, o compromisso do STAL de “continuar a esclarecer e mobilizar os trabalhadores”, intensificando a realização de plenários em todos os locais de trabalho do País e a “Caravana dos Resíduos” – pelo reconhecimento e a valorização social e profissional dos trabalhadores do sector e a defesa do Serviço Público de resíduos – , bem como na participação na acção de luta anunciada hoje pela CGTP para 20 de Setembro, em Lisboa.