GOVERNO PDS/CDS-PP CONDENA PAÍS AO EMPOBRECIMENTO
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE), divulgados dia 14, mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) teve uma evolução no segundo trimestre de apenas 0,8 por cento em relação ao mesmo período de 2013.
Apesar da propaganda do Governo, esta evolução ficou longe de compensar a quebra de dois por cento do PIB, verificada no segundo trimestre do ano passado.
Comparado com o resultado dos primeiros três meses deste ano, em que se tinha registado uma quebra de 0,6 por cento, a economia recuperou em igual magnitude, ou seja, o crescimento real na primeira metade do ano foi nulo.
Como assinala uma análise da CGTP-IN, os dados do INE «confirmam a tendência de estagnação da economia portuguesa» e são «a tradução directa das opções políticas economicamente erradas e socialmente injustas que têm sido tomadas».
A Intersindical lembra ainda que só nos três anos de governação PSD/CDS, o PIB regrediu seis por cento (cerca de 9,3 mil milhões de euros), com a agravante de ter diminuído a parte da riqueza criada que reverte parta os trabalhadores, tendo em contrapartida aumentado a fatia absorvida pelo capital financeiro.
A Central considera ainda «preocupante» o risco de deflação (o índice de preços no consumidor caiu 0,2% em média anual), bem como o agravamento da balança de bens (as exportações caíram 0,4% e as importações subiram 1,3%, em termos homólogos, no 2.º trimestre).
A degradação dos indicadores económicos, sublinha a CGTP-IN, «não é também alheia à destruição de mais de 5,5 por cento da produção industrial nos últimos três anos».
As perspectivas da economia estão ainda ensombradas pelos impactos do colapso do BES, os quais não estão reflectidos nas contas do último trimestre.
A saída da crise exige pois a intensificação da luta, «factor determinante para derrotar o Governo», e a «ruptura com a política de direita», salienta a CGTP-IN, defendendo «uma política alternativa, de esquerda e soberana, que liberte o País do atraso a que o querem condenar e assegure um futuro de desenvolvimento, justiça social e prosperidade para Portugal».