EXEMPLO DA SUÉCIA DEVE SER SEGUIDO PELO GOVERNO PORTUGUÊS.
Face ao reconhecimento do Estado da Palestina pelo Governo da Suécia, formalizado oficialmente por decreto hoje, dia 30, o STAL exorta o governo português a tomar uma decisão no mesmo sentido.
A decisão do governa sueco foi qualificada pela ministra dos Negócios Estrangeiros, Margot Wallstrom, como «um passo importante que confirma o direito dos palestinos à autodeterminação».
Segundo a governante «estão reunidos os critérios do direito internacional para um reconhecimento do Estado da Palestina: um território, mesmo sem fronteiras fixas, uma população e um governo», manifestando ainda a esperança de que este passo «mostre o caminho a outros».
O presidente palestiniano, Mahmud Abbas, congratulou-se com «a decisão da Suécia» e apelou aos países que ainda não reconheceram o Estado da Palestina para que o façam.
A Autoridade Palestiniana salienta que 134 países já reconheceram o Estado da Palestina, incluindo sete actuais membros da União Europeia. Em concreto, no que respeita à UE, trata-se da Bulgária, Chipre, República Checa, Hungria, Malta, Polónia e Roménia, que tomaram essa decisão antes de aderir à União Europeia.
Recorde-se igualmente que o Parlamento britânico aprovou, dia 11, uma moção que apela ao Governo britânico para que «reconheça um Estado palestiniano ao lado do Estado de Israel», como «contribuição para assegurar uma solução negociada consagrando dois Estados».
A moção, apresentada pelo deputado trabalhista Grahame Morris, obteve o apoio não só do seu partido mas também dos conservadores e liberais-democratas, tendo sido aprovada por 274 votos contra 12.
Neste quadro, o STAL exorta os deputados da Assembleia da República e o Governo a tomar uma iniciativa no mesmo sentido, contribuindo para a resolução do conflito que se arrasta às décadas e para a materialização do direito inalienável do povo mártir palestiniano à constituição de um Estado livre, soberano e independente.