TRABALHADORES DA RESIESTRELA EM LUTA PELO DIREITO À NEGOCIAÇÃO COLECTIVA
Grande participação dos trabalhadores da RESISTRELA na greve de 24 horas, convocada para hoje, 14. Exigem aumentos salariais, descongelamento das progressões, o direito à contratação colectiva e o desbloqueio das negociações do caderno reivindicativo.
No aterro e centro de triagem, o turno da manhã teve adesão de 100 por cento. Ao início da tarde, apenas dois de um universo de 63 trabalhadores se apresentaram ao serviço. Ficou assim clara a unidade e determinação dos trabalhadores em torno da luta, pelas suas reivindicações.
Os trabalhadores da RESIESTRELA auferem os mais baixos salários das 11 empresas que compõem o grupo EGF. Há trabalhadores com mais de 15 anos de serviço a receber 557€ (SMN) por mês, para tratar, transportar, conduzir ou operar máquinas pesadas e veículos especiais.
A esmagadora maioria dos trabalhadores não tem uma carreira profissional definida, vigorando o “pau para toda a obra”, o que, além de ilegal, atenta contra a dignidade profissional de todos estes trabalhadores.
O STAL apresenta, ano após ano, cadernos reivindicativos com as propostas dos trabalhadores, mas a empresa do grupo EGF, que apresenta anualmente resultados líquidos muito significativos, nunca demonstrou disponibilidade para negociar o que quer que fosse.
Estão previstos plenários semanais ao final do turno da manhã e início do turno da tarde, para, caso a empresa não mostre disponibilidade para negociar, decidirem novas formas de luta a desenvolver em Setembro.
Greve ao trabalho extraordinário
A partir do dia 14, os trabalhadores da RESIESTRELA, farão greve ao trabalho extraordinário, protesto que se manterá até à assinatura de um acordo de empresa. Não existindo Acordo de Empresa, estes trabalhadores são discriminados relativamente ao valor do trabalho extraordinário, face a outras empresas do grupo EGF.