GREVE NACIONAL PARALISA CÂMARAS E SERVIÇOS
A Greve Nacional da Administração Pública, que teve início na noite de ontem, dia 14, com uma forte adesão nos serviços de recolha nocturna de resíduos sólidos, continuou hoje de manhã a registar elevadas adesões na generalidade das autarquias, bombeiros, escolas, empresas municipais, empresas privadas e outras entidades que operam no sector.
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Os dados conhecidos reflectem o profundo descontentamento dos trabalhadores da Administração Local com a manutenção do congelamento salarial e sinalizam a sua determinação em continuar a luta pelo aumento geral dos salários, pela recuperação das carreiras e pelos avanços nos seus direitos.
Dez anos passados sobre o último aumento salarial, ao longo do qual o poder de compra se degradou, em média mais de 17%, o Orçamento de Estado para 2019 prossegue com a obsessão pelo défice e uma notória subserviência aos interesses da banca, abandonando os trabalhadores e a melhoria dos serviços públicos, insistindo nas concessões e privatizações.
Os trabalhadores consideram que é inaceitável que o governo insista em arrastar no tempo a resolução dos graves problemas dos trabalhadores da Administração Local e exigem a imediata e plena reposição do seu direito à actualização anual do salário, à revisão obrigatória da tabela remuneratória única, à regulamentação dos suplementos, à valorização das profissões e carreiras e ao reforço do Poder Local Democrático.