A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública realizou hoje, 17 de Março, uma concentração junto à residência oficial do primeiro-ministro, que contou com a presença da secretária-geral da CGTP-IN, Isabel Camarinha, tendo as cerca de duas centenas de dirigentes, delegados e activistas sindicais aprovado, por unanimidade, uma resolução que condena o governo por violar o direito à negociação e persistir na recusa em discutir a Proposta Reivindicativa Comum para 2021.
Do documento – entregue ao primeiro-ministro por uma delegação da Frente Comum – consta ainda um conjunto de exigências a que urge dar resposta, nomeadamente, o aumento imediato de 90 euros para todos os trabalhadores e um salário mínimo de 850 euros no curto prazo, bem como a correcção da Tabela Remuneratória Única e a revogação do SIADAP.
Revogação do SIADAP mobiliza trabalhadores
Sebastião Santana, coordenador da Frente Comum, na sua intervenção realçou a forte mobilização dos trabalhadores da Administração Pública em prol da revogação do SIADAP, cuja campanha nacional de recolha de assinaturas – a decorrer desde 2 de Fevereiro, nos locais de trabalho e através da subscrição ‘online’ – alcançou já as 32 mil, o que diz bem da grande adesão dos trabalhadores a esta luta contra um sistema que os condena à estagnação nas carreiras e ao congelamento salarial, exigindo a sua substituição por um sistema mais justo, sem quotas, com critérios objectivos e transparentes.