INFLAÇÃO EM MAIO ATINGE 8% EM TERMOS HOMÓLOGOS
A taxa de inflação homóloga registada no último mês é a mais elevada desde Fevereiro de 1993 e a mais alta deste século, confirmando-se os piores receios relativamente ao agravamento insustentável da perda de poder de compra dos trabalhadores e da população, em geral. Esta situação torna ainda mais urgente o aumento imediato dos salários em 90 € para todos os trabalhadores, que durante este mês de Junho estarão na rua a exigir respostas concretas aos seus problemas e reivindicações.
O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou, nesta terça-feira (dia 31), a estimativa rápida da inflação para o mês de Maio e, quando tudo levava a crer poder registar-se algum abrandamento no seu ritmo de crescimento, a inflação homóloga continua a subir, ininterruptamente, desde Setembro passado. E o valor da inflação homóloga registado em Maio é o mais elevado desde Fevereiro de 1993, sendo mesmo o mais alto deste século.
A inflação anualizada, isto é, registada desde Maio de 2021 até ao mesmo mês deste ano, foi de 3,4%, quando no ano passado a mesma inflação anual tinha sido de 1,3%. Já considerando os valores da inflação homóloga nos cinco primeiros meses de 2022, a inflação média foi de 5,6%.
Tal como nos meses anteriores, os maiores contributos para esta forte subida da inflação vêm dos produtos alimentares não transformados, que em Maio cresceram, em termos homólogos, 11,7%, depois de em Abril terem crescido 9,4%; e dos produtos energéticos, que cresceram 27,3%, depois de terem subido 26,7% em Abril.
Vários são os cenários em aberto quanto à evolução crescente da inflação, e num quadro em que a variação homóloga nos próximos sete meses for idêntica à registada em Maio (8%), a inflação anual no corrente ano será de 7%. Mas, se se perder o controlo da taxa da inflação, o País poderá testemunhar regressar aos níveis anuais atingidos na década de 1980 e inicio da de 1990.
“STAL NA RUA!” EM JUNHO
Os trabalhadores da Administração Local e Regional irão prosseguir a Luta neste mês de Junho, exigindo a reposição do poder de compra perdido e o imediato aumento extraordinário dos salários, com a dinamização de acções de rua em todo o País, dando, assim, voz aos trabalhadores que há 13 anos aguardam pela actualização salarial.
A iniciativa “STAL NA RUA!” promove concentrações, desfiles e plenários de rua, dando testemunho público da necessidade imediata do aumento dos salários, mas também para reivindicar respostas concretas a problemas locais, ao Suplemento de Penosidade e Insalubridade, aos horários, ao ACEP e às condições de trabalho, entre outras exigências.