STAL DIVULGA CARTA ABERTA AO GOVERNO E ÀS AUTARQUIAS
O STAL - Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional promoveu esta amanhã – sexta-feira (dia 1) – uma Concentração Nacional junto ao Ministério das Finanças, em Lisboa, para exigir o aumento dos salários, a valorização das carreiras, a revogação do SIADAP, e o reforço do Poder Local e dos serviços públicos.
A “Carta Aberta ao Governo e às Autarquias contra o Empobrecimento” da Direcção Nacional (DN) do STAL – divulgada esta manhã na Concentração Nacional em Lisboa, que reuniu cerca de meio milhar de trabalhadores, activistas, delegados e dirigentes sindicais junto ao Ministério das Finanças – responsabiliza o governo PS pelos “graves problemas” que afectam os milhares de trabalhadores da Administração Pública, e em particular os da Administração Local e Regional, sobretudo “num momento de extraordinária dificuldade como aquele que atravessamos”, marcado pela subida brutal da taxa de inflação.
Refira-se que a estimativa rápida do Instituto Nacional de Estatística (INE) indica que que a taxa de inflação atingiu os 8,7% em Junho (a maior desde Dezembro de 1992), a que se junta o crescimento brutal do preço dos bens alimentares, do combustível e da energia, cuja variação homóloga do índice relativo aos produtos energéticos irá situar-se em Junho – também segundo o INE – nos 31,7%, a mais alta desde Agosto de 1984!
Estes valores contrastam, de forma dramática, com os míseros 0,9% de actualização salarial imposta pelo governo PS na Administração Pública, agravando as já grandes dificuldades com que se debatem no seu quotidiano milhares de trabalhadores, cujo poder de compra diminuiu, em média, 15,4% desde 2009, último ano em que se verificou o aumento generalizado dos salários deste sector. São 13 anos consecutivos a perder poder de compra, o que é inaceitável!
Na “Carta Aberta contra o Empobrecimento”, a DN do STAL exige ao governo PS a adopção de “medidas extraordinárias e urgentes” – como o aumento dos salários, a valorização das carreiras e a revogação do sistema de avaliação (SIADAP), bem como o reforço do Poder Local e dos serviços públicos –, reafirmando que “a sua concretização é essencial para responder aos problemas e para valorizar e dignificar os trabalhadores, que todos os dias garantem a prestação de serviços públicos e querem servir cada vez melhor as populações”.
O documento realça, igualmente, que o Orçamento do Estado para 2022, “mais uma vez, não dá resposta aos problemas que afectam, há muitos anos e de forma grave, os trabalhadores da Administração Local e Regional e do sector empresarial, persistindo, deste modo, o governo PS de António Costa nas injustiças e nas desigualdades, que assim continuarão a aprofundar-se”.
Neste quadro de grave crise económica e social, o STAL defende que torna-se ainda mais necessária a intervenção sindical na defesa dos direitos e interesses dos trabalhadores, reafirmando que irá prosseguir, “com confiança e determinação, a luta contra o empobrecimento, pelo Poder Local Democrático e por serviços públicos de qualidade, por mais e melhores condições de trabalho, e pelo aumento geral de salários”.