PARA REPOR PODER DE COMPRA E COMPENSAR A INFLAÇÃO
Benavente, Guarda e Moita acolheram acções públicas de denúncia e plenários de trabalhadores inseridos na iniciativa “Mês de Esclarecimento e de Luta”, que o STAL realiza até ao próximo dia 15, e que irá culminar, em Lisboa, com uma acção nacional de protesto por melhores salários e condições de trabalho.
Na Guarda, o plenário dos trabalhadores do município – realizado esta terça-feira (dia 31) junto à Câmara Municipal para exigir melhores condições de trabalho –, contou com a participação do presidente do STAL, José Correia, que reivindica “um aumento intercalar, imediato, de 100€ para todos os trabalhadores, para fazer face ao aumento da inflação e à perda do poder de compra”, considerando que a actualização salarial do governo PS (em média, de 3,6%) para 2023 não é suficiente.
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Na sua intervenção, José Correia sublinhou que, “perante a maior taxa de inflação dos últimos 30 anos, o aumento de 52,11€ que o governo atribuiu não chega, sequer, para cobrir o aumento da prestação da casa”, frisando que esta “é uma situação insustentável” e que “não é possível o governo continuar a tratar os trabalhadores da Administração Pública desta forma”.
MOITA: “CARTA ABERTA” AO PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL
Na Moita, as trabalhadoras do Município a realizar tarefas nas salas do pré-escolar nos agrupamentos de escolas do concelho manifestaram-se junto aos Paços do Concelho e entregaram uma Carta Aberta ao presidente da autarquia, em que expõem um conjunto de situações que têm ocorrido desde o início do ano lectivo, considerando-se “abandonadas” pelo Município e “atiradas” para os agrupamentos escolares, no âmbito do processo de transferência de competências do Estado.
Esta acção teve, ainda, por objectivo denunciar publicamente que os seus direitos são “negados constantemente”, e que o ACEP assinado entre o STAL e Câmara Municipal da Moita não está a ser cumprido, sendo mesmo “colocado em causa e ignorado” por alguns agrupamentos de escolas do município; pelo que exigem o seu cumprimento; assim como “a devolução dos direitos como qualquer outro trabalhador da CMM e a contratação de mais trabalhadores”.
BENAVENTE: “INDIGNAÇÃO, PROTESTO E LUTA”
Igualmente ontem, o STAL promoveu, no Cine-Teatro de Benavente, um Plenário de trabalhadores, dirigentes e activistas sindicais contra a desregulação dos horários de trabalho, e no qual foi aprovada, por unanimidade, a moção “Indignação, Protesto e Luta”, em que os trabalhadores do Município consideram “inaceitável que o governo PS insista em adiar, sistematicamente, a resolução das graves dificuldades com que se debatem os trabalhadores da Administração Pública” e exigem “o respeito pela sua dignidade profissional e soluções concretas para os seus problemas”.