LUTA POR AUMENTOS SALARIAIS E MELHORES CONDIÇÕES LABORAIS
A greve (nos dias 30 de Março e 1 de Abril) dos motoristas e cantoneiros de limpeza registou uma adesão total, tendo apenas sido assegurados os serviços mínimos, o que é bem revelador da sua unidade e determinação em defesa das suas exigências.
Nas reivindicações assumidas pelo STAL e pelos trabalhadores estão questões gerais de resposta ao agravamento do custo de vida e de melhoria das condições de trabalho, nomeadamente o aumento dos salários em 15% (com um mínimo de 150€) e do subsídio de refeição (para 10€); a redução da jornada semanal de trabalho para as 35 horas; a atribuição de Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco; a garantia de condições de Saúde e Segurança no Trabalho; o cumprimento dos exames médicos anuais obrigatórios; e o reconhecimento das doenças decorrentes da actividade exercida.
Os trabalhadores reclamam, ainda, a abertura de um processo negocial sério que ponha fim à discriminação salarial e que regularize as situações de vínculos precários dos trabalhadores que exercem funções correspondentes a necessidades permanentes; aguardando – no seguimento desta acção de luta de dois dias – que a empresa e a Câmara Municipal demonstrem uma maior disponibilidade para negociar (nomeadamente o Acordo de Empresa) e adoptar medidas que resolvam os problemas há muito denunciados.
URGE A VALORIZAÇÃO E A DIGNIFICAÇÃO PROFISSIONAL
O impacto negativo desta paralisação junto da população é da exclusiva responsabilidade da administração da FCC Environment Portugal e da Câmara Municipal do Marco de Canaveses, que, conhecedora desta situação gravosa para os trabalhadores, tem, ao longo dos últimos anos, ignorado os problemas denunciados, preferindo “sacudir” a responsabilidade para a empresa concessionária.
O STAL há muito que defende a valorização e a dignificação profissional devida a estes trabalhadores, que estão na linha da frente na prestação de serviços essenciais às populações, garantindo a saúde pública e um ambiente de qualidade do espaço público, os quais, apesar de estarem sujeitos a um grande esforço e à exposição diária a elevados riscos, continuam a ter como salário base apenas o Salário Mínimo Nacional, alguns há mais de 20 anos, continuando a ser-lhes negada a atribuição do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco.