PELA MANUTENÇÃO DO ACESSO PÚBLICO, UNIVERSAL E GRATUITO
Assinalando o Dia Mundial da Saúde, dirigentes e delegados do STAL juntaram-se a dezenas de outros dos sindicatos da Frente Comum na acção de luta em defesa e valorização do SNS que, esta manhã, decorreu em frente ao Ministério da Saúde, em Lisboa.
Esta jornada de luta, promovida pela Frente Comum, teve como objectivo principal defender o Serviço Nacional de Saúde público, universal e gratuito, e reafirmá-lo como garantia do acesso universal à generalidade dos cuidados de Saúde, independentemente das condições económicas e sociais de cada um, reivindicação que ganha relevo particular quando se está prestes a comemorar o 50.º aniversário da Revolução de 25 de Abril de 1974, que consagrou – na Constituição de 1976, e tornado lei em 1979 – esta importante conquista.
Mas o direito à Saúde encontra-se sob intenso ataque, fruto das políticas de desinvestimento dos sucessivos governos do PS e PSD/CDS neste sector, que tornaram Portugal um dos países que menos investe em saúde por habitante – menos 26% que a média da União Europeia, sendo que 28,6% das despesas de saúde é assumida pelos utentes, dos quais 1,6 milhões não têm Médico de Família –, com a agravante de quase metade dos 14 mil milhões de euros que, em 2023, constavam do Orçamento do Estado para a Saúde irem para os grandes grupos privados.
O STAL reafirma que, mesmo sob esta ofensiva dos que vêem na doença uma fonte de negócio e lucros, o SNS continua a ser fonte de progresso social e a resposta que não vira as costas à população, como sucedeu com a Covid-19, e que se trata de uma resposta só possível pela ligação dos profissionais de Saúde aos seus utentes e pela apropriação que os trabalhadores e o Povo, de forma geral, faz desta conquista e deste direito, que é nosso e não pode ser subordinado à lógica do lucro e do mercado.