CONCENTRAÇÃO JUNTO À SEDE DA ÁGUAS DE PORTUGAL | LISBOA, DIA 21, 11H30
Em 2023, o Grupo AdP viu os lucros crescerem 2,2%, para 102 milhões de euros. Mas para os trabalhadores sobraram apenas “tostões”, com a administração a propor uma actualização salarial ao nível da esmola.
O STAL e a FIEQUIMETAL exigem que as justas reivindicações dos trabalhadores sejam aplicadas, designadamente a aplicação, na íntegra, do Acordo Colectivo de Trabalho, cujo incumprimento tem conduzido os trabalhadores ao empobrecimento.
Em 2018, o STAL, a FIEQUIMETAL e o Conselho de Administração (CA) assinaram uma Acta de Entendimento que visava iniciar as necessárias e urgentes negociações sobre a tabela salarial e a estrutura de carreiras. Mas, passados seis anos de permanente insistência por parte dos sindicatos, continua por cumprir o acordado! É inaceitável!
O STAL e a FIEQUIMETAL têm propostas que valorizam os trabalhadores, ao invés das actualizações/“esmolas” praticadas pelo CA e que os trabalhadores rejeitam. E nas propostas apresentadas pelas duas estruturas sindicais existem também matérias que não exigem esforço financeiro imediato, apenas boa vontade! Designadamente, a definição de uma estrutura de carreiras e níveis remuneratórios, que distinga e valorize as diferentes profissões e o tempo de serviço nas empresas do Grupo AdP.
VALORIZAÇÃO JÁ!
O STAL e a FIEQUIMETAL reafirmam que o aumento geral dos salários não é um “favor” ou caridade do Grupo AdP – que obteve lucros de 102 milhões de euros em 2023 (+2,2%), e muitos mais na última década –, mas, antes, é devido aos trabalhadores pelo esforço, dedicação e produtividade, sem os quais estes muitos milhões de euros de lucros não seriam possíveis.
Os trabalhadores do Grupo AdP prestam um serviço de excelência, apesar de confrontados no seu quotidiano com tarefas profissionais exigentes, excessiva carga horária e equipas cada vez mais reduzidas. Contudo, não são devidamente valorizados, principalmente por quem, ironicamente, até lhes agradece publicamente, mas, depois, recolhe os “louros” para si.
Perante o agravamento da crise económica e social, e a ausência de soluções para os problemas e de resposta às reivindicações dos trabalhadores, o caminho só pode ser o da intensificação da luta nos locais de trabalho, renovando o STAL e a FIEQUIMETAL o seu compromisso em manter o combate pela justa distribuição da riqueza e pela valorização dos trabalhadores, exigindo medidas imediatas, designadamente:
» Aumento salarial: 150€ para todos os trabalhadores;
» Salário de entrada: 1100€;
» Subsídio de Refeição: 12€; e de prevenção: 2,30€
» Aplicação do Suplemento de Penosidade, Insalubridade e Risco;
» Regime de carreiras, categorias profissionais e funções que valorize e reconheça a experiência profissional e o empenho dos trabalhadores;
» Redução da jornada de trabalho: 35 horas semanais; direito a 25 dias de férias;
» Revisão do ACT e pela definição de uma nova tabela salarial e de conteúdos funcionais;
» Aplicação do Acordo de Empresa da EPAL a todos os trabalhadores do grupo AdP;
» Direito a uma verdadeira contratação colectiva.