OE 2025, APROVADO POR PSD/CDS E ABSTENÇÃO DO PS, AGRAVA AS CONDIÇÕES DE VIDA
Mais de um milhar de trabalhadores da Administração Local e das empresas municipais e concessionárias, de todo o País, juntaram-se aos milhares de outros trabalhadores, de todos os sectores, que esta manhã protestaram contra as políticas de direita do governo do PSD/CDS junto à Assembleia da República.
Com o Orçamento do Estado (OE) 2025 aprovado esta sexta-feira (dia 29), a coligação de direita (com a abstenção do PS) dá continuidade ao empobrecimento dos trabalhadores e pensionistas/ reformados, que irão ver agravar-se as já enormes dificuldades que sentem para fazer face às despesas básicas do seu dia-a-dia.
Na intervenção feita no final da concentração promovida pela CGTP-IN – e que juntou milhares de trabalhadores, de todos os sectores e de todo o País – Tiago Oliveira (secretário-geral da Intersindical) acusou o Governo de não estar “comprometido com os interesse do País e dos trabalhadores” ao não dar “prioridade ao aumento real e significativo dos salários e das pensões, aos direitos, à melhoria das condições de vida, à defesa dos Serviços Públicos e à garantia de um futuro melhor”.
LUTA VAI INTENSIFICAR-SE!
Se dúvidas houvesse sobre as opções políticas desta coligação de direita, o secretário-geral da CGTP-IN foi lapidar: “Este Orçamento destina 1,8 mil milhões de euros a apoios e benefícios fiscais para empresas; 1,5 mil milhões para Parcerias Público-Privadas e cerca de 400 milhões de euros de redução do IRC das empresas”.
Somam-se a estes valores os 19 mil milhões de euros para “Aquisição de Serviços”, enquanto para a actualização dos salários de todos os trabalhadores da Administração pública, o Governo reserva… 600 milhões, ou seja, 56,58 € para cada trabalhador ou 2,15%! E subiu o Salário Mínimo Nacional em 50 €, para 870 €. Sendo que “62% dos trabalhadores têm um salário bruto inferior a 1000 €”, como destacou Tiago Oliveira.
O certo é que, perante esta continuação do ataque ao poder de compra – já de si muito “curto” – dos trabalhadores e pensionistas/reformados e aos direitos, “a luta vai intensificar-se – na rua e nos locais de trabalho – por melhores condições de vida e um futuro melhor”.