PARAR O EMPOBRECIMENTO - AUMENTAR SALÁRIOS E PENSÕES, VALORIZAR CARREIRAS, REFORÇAR OS SERVIÇOS PÚBLICOS!
Com a publicação, nesta quinta-feira, 16, da Tabela Remuneratória Única (TRU2025), consolida-se a continuidade do empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública. Ao não contribuir para uma melhor redistribuição do rendimento, através da valorização dos salários e das pensões e de uma política fiscal mais justa e equitativa, o OE2025 perpetua o caminho do empobrecimento dos trabalhadores da Administração Pública e acentua a degradação dos Serviços Públicos e a resposta que têm de dar à população.
DOSSIER CARREIRAS E REMUNERAÇÕES
A nova TRU representa uma actualização salarial insuficiente para repor o poder de compra perdido nos últimos anos, acresce a existência de trabalhadores que, mais uma vez, vão ver essa perda ainda mais agravada com a inflação prevista.
Sublinhe-se que os trabalhadores da Administração Pública são dos mais afectados pela perda de poder de compra e pela intensificação dos ritmos e volume de trabalho, a que se junta o desinvestimento crónico dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado, garantidos, em grande medida, por estes trabalhadores, cada vez mais desvalorizados profissionalmente.
Só há uma maneira de resolver estes problemas: o aumento significativo dos salários e a justa distribuição da riqueza, produzida por quem trabalha e a cria! E o aumento de 15% que reivindicamos, aplicado aos 749 mil trabalhadores da Administração Pública.
HÁ DINHEIRO, EXIGIMOS SOLUÇÕES!
As medidas para os próximos anos aprovadas – e assinadas pelo SINTAP e STE, da UGT e patrões, o tal acordo tripartido que não passou, mais uma vez, de um simulacro de processo negocial com os sindicatos, com o Governo a recusar discutir as propostas da Frente Comum, nomeadamente a “PRC2025” – não garantem a recuperação do poder de compra e acentua a degradação dos Serviços Públicos.
O Governo recusa actualizar o subsídio de refeição, abono para falhas e outros suplementos; actualiza as ajudas de custo em 5%, quando as mesmas não são actualizadas desde 2010. Em suma, não há resposta do Governo às dificuldades com que os trabalhadores estão confrontados, agrava a sua desvalorização e a diminuição do papel dos Serviços Públicos.
Em contraste, as verbas entregues (directa ou indirectamente) aos grandes grupos económicos são cerca do triplo do valor (600 milhões de euros) disponibilizado para actualizações e progressões dos trabalhadores da Administração Pública: 1,8 mil M€ em apoios e benefícios fiscais para as empresas; 1,5 mil M€ para as parcerias público privadas; e redução do IRC em mais de 400 M€!
A política de baixos salários no País – nomeadamente na Administração Pública, e em particular na Administração Local – contrasta também, e de forma gritante, com os lucros abissais dos maiores grupos económicos portugueses: até ao final do 3.º trimestre de 2024, os 12 principais grandes grupos dos sectores da Banca, da Energia, das Telecomunicações e do Comércio e Serviços apresentaram lucros de cerca de 7 mil milhões de euros (+73% em dois anos)!
A LUTA CONTINUA!
As dificuldades económicas e sociais do dia a dia não afectam apenas os que vivem com o Salário Mínimo Nacional, mas também os 62% dos trabalhadores que recebem um salário bruto inferior a mil euros/mês. De forma generalizada, afectam todos os que vivem do seu trabalho, confrontados com o brutal aumento dos custos da habitação e dos bens de primeira necessidade, e pela tremenda desigualdade que grassa no nosso país!
O STAL defende um rumo diferente das políticas de direita adoptadas pelos sucessivos governos do PSD/CDS e PS, reafirmando a necessidade imperiosa e urgente de se assegurar salários dignos, carreiras valorizadas, o fim da precariedade e o reforço dos Serviços Públicos e das Funções Sociais do Estado.
A força, determinação e a unidade dos trabalhadores, em torno do seu sindicato de classe (o STAL), são essenciais para intensificar a luta pela defesa e conquista de mais direitos, melhores salários e condições de vida.
CARREIRAS GERAIS