PRIVATIZAÇÃO PREJUDICA TRABALHADORES E POPULAÇÃO
A Câmara Municipal de Sintra aprovou em sessão privada de Câmara, dia 15 de Maio, a renovação e alargamento prolongamento da concessão a privados da varrição de várias zonas do concelho.
Em concreto a decisão, aprovada com os votos favoráveis do Partido Socialista e do Movimento «juntos pelos sintrenses» (PSD e CDS), e o voto contra da CDU, renova a concessão no centro de Sintra, na Cidade de Agualva-Cacém e Monte Abraão e alarga-a às freguesias de Algueirão-Mem Martins e Rio de Mouro.
O STAL repudia veementemente a renovação dos contratos já existentes, assim como a concessão de mais duas freguesias, cuja varrição é neste momento efectuada por trabalhadores do município, acusando os responsáveis autárquicos de retirarem da esfera municipal um importante serviço de interesse público.
O STAL recorda que o caderno reivindicativo dos trabalhadores da CMS, entregue a 13 de Abril, expressa oposição às concessões existentes e defende o seu regresso à esfera municipal. No documento o STAL rejeita claramente a privatização de serviços e manifesta-se contra o desinvestimento e degradação das condições de trabalho em curso no sector.
Maioria socialista muda de estratégia
Este negócio de milhões, preparado pela maioria absoluta do Partido Socialista, contrasta com as opções do mesmo executivo no mandato anterior, no qual o PS não dispunha de maioria absoluta.
Nessa altura, por via dos SMAS de Sintra, o município decidiu não renovar as concessões a privados do serviço de recolha de resíduos sólidos urbanos, que há muitos anos lesavam o erário público, e remunicipalizou a recolha de resíduos sólidos em todo o concelho de Sintra.
O STAL salienta que a opção pela concessão/privatização já está a criar instabilidade nos trabalhadores da CMS afectos à varrição, que temem pelos seus postos de trabalho, sabendo que as empresas privadas do sector se caracterizam por altos níveis de precariedade laboral e falta de condições de trabalho.
A par do agravamento da exploração dos trabalhadores, o STAL alerta que a concessão a privados irá degradar também o serviço às populações, e declara que tudo fará para que os trabalhadores tenham oportunidade de demonstrar o seu descontentamento junto da Câmara Municipal de Sintra.