CONCENTRAÇÃO DIA 7 DE JULHO, 10H, LG CAMÕES
Prosseguindo a sanha privatizadora, o governo PSD/CDS, em conluio com o Presidente da República, avançou com a privatização da EGF, para o consórcio Mota-Engil, impondo a formação de um monopólio privado de resíduos sem paralelo na Europa, e fez publicar recentemente os diplomas de reorganização do grupo Águas de Portugal (Decretos-Lei n.º 92/2015, D.L93/2015 e D.L 94/2015), que determinam a fusão dos actuais sistemas multimunicipais e a criação de três novas megaempresas: a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, cuja gestão será delegada na EPAL, a Águas do Norte e a Águas do Centro-Litoral.
Alega o governo, depois de ter encerrado centenas de serviços públicos no interior, que tais medidas permitem ganhos de eficiência e corrigir desigualdades entre litoral e o interior. Nada mais falso! O verdadeiro objectivo é entregar estes serviços públicos estratégicos e rentáveis à lógica privada, privatizar os lucros e socializar os custos. Criar um mercado onde deve prevalecer o interesse público, o bem-estar dos cidadãos e a salvaguarda de bens essenciais à vida, como é a água.
O objectivo é desvalorizar o trabalho e os trabalhadores, transformar os cidadãos com direitos, em clientes com necessidades, que se satisfazem no mercado, cujo acesso aos serviços dependerá da sua capacidade económica.
Como a experiência das privatizações comprova, a entrega destes serviços aos grupos privados deixará o país mais dependente e mais pobre e prejudicará gravemente as populações!
É URGENTE LUTAR!
A venda da EGF e a «reestruturação» da Águas de Portugal põem em causa os postos de trabalho, os direitos sociais, a qualidade dos serviços e atingem gravemente as populações.
A experiência já demonstrou que a privatização dos serviços públicos essenciais ameaça os direitos humanos fundamentais.
É tarefa de todos lutar para derrotar este caminho, assegurar o controlo democrático destes serviços, o bem-estar das populações e a valorização e dignificação dos trabalhadores.
EXIGIMOS
- a defesa dos postos de trabalho;
- a contratação de mais trabalhadores, garantia indispensável para um serviço público de qualidade;
- o fim da precariedade, afirmando o princípio de que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo efectivo;
- o aumento dos salários e o direito à carreira profissional;
- a valorização da negociação colectiva;
- o respeito pelos acordos de empresa existentes;
- a harmonização no progresso das condições de trabalho em todas as empresas do grupo AdP/EGF.