ACÇÕES EM VILA REAL, GUARDA, COIMBRA E LISBOA
O STAL realiza, amanhã, dia 30, acções contra a criação das três megaempresas de água, junto das assembleias-gerais das empresas do grupo Águas de Portugal.
Dirigentes e activistas sindicais vão estar em Vial Real, às 9 horas, na Guarda, às 13 horas e em Coimbra, às 17 horas, cidades onde têm lugar as assembleias-gerais que selarão fusões, à revelia da vontade da maioria dos municípios, bem como dos trabalhadores e das suas estruturas representativas.
Uma delegação do STAL marcará também presença no protesto anunciado pelos autarcas da área metropolitana de Lisboa, junto à Mãe d'Água das Amoreiras, Lisboa, pelas 10h30, contra a criação da Águas de Lisboa e Vale do Tejo.
Este processo irá criar a Águas de Lisboa e Vale do Tejo, a Águas do Norte e a Águas do Centro-Litoral.
O seu objectivo é concentrar capital, clientes e volume de negócios, à custa da expropriação dos activos municipais nos sistemas de água e saneamento e criar condições para a sua futura privatização.
Em causa estão os direitos dos trabalhadores e os seus postos de trabalho, bem como os interesses das populações, que serão penalizadas com um aumento brutal das tarifas em todo o País.
Por exemplo, em Oeiras, Cascais, Amadora e Sintra estão previstos aumentos de 30 por cento na água e de 75 por cento no saneamento. Em Loures, os aumentos são, respectivamente, de 14,22 e de 23,7 por cento. No Porto, a subida global prevista é de 40 por cento em cinco anos.
Direitos e postos de trabalho ameaçados
Por outro lado, a lógica de maximização dos lucros irá traduzir-se no agravamento da precariedade, como a contratação de trabalhadores temporários e a subcontratação em regime de outsourcing de serviços, degradando ainda mais as condições laborais que existem nas actuais empresas da holding pública.
Os estudos de viabilidade das novas mega empresas apontam para a redução do número de trabalhadores, como é o caso da Águas de Lisboa e Vale do Tejo que prevê uma diminuição de 234 trabalhadores.
Nestas acções o STAL exige o respeito pelos direitos dos trabalhadores, a manutenção dos postos de trabalho e a efectivação de trabalhadores precários; o aumento dos salários e a valorização da negociação colectiva e o respeito pelos acordos de empresas existentes; a harmonização no progresso das condições de trabalho em todas as empresas do grupo AdP.
As acções desta terça-feira precedem a manifestação de dia 7, promovida pelo STAL, Fiequimetal e STML, que parte do Largo de Camões, pelas 10 horas, para o Ministério do Ambiente, em protesto contra a privatização da EGF e a reestruturação do sector das águas.