SINDICATOS MANIFESTAM-SE AMANHÃ NO LARGO CAMÕES
Dirigentes e activistas sindicais participam amanhã num protesto pela gestão pública da água e dos resíduos, em defesa dos postos de trabalho com direitos nas empresas AdP/EGF.
A acção, promovida pelo STAL, Fiequimetal, STML e Comissão de trabalhadores da EPAL, parte do Largo de Camões, pelas 10 horas, para o Ministério do Ambiente, em protesto contra a privatização da EGF e a reestruturação do sector das águas, caminho aberto à privatização.
Como se salienta num comunicado conjunto das estruturas promotoras, a ofensiva privatizadora contra estes serviços públicos tem como o objectivo «desvalorizar o trabalho e os trabalhadores, transformar os cidadãos com direitos em clientes com necessidades, que se satisfazem no mercado, cujo acesso aos serviços dependerá da sua capacidade económica».
Todos estes processos, desenvolvidos à revelia da vontade das autarquias, populações e sindicatos, têm também fortes impactos negativos para os trabalhadores.
Fusões e as privatizações não criam empregos
Para além da destruição de centenas de postos de trabalho, a privatização da EGF e a reestruturação das águas provocará ainda mais exploração laboral: aumento mobilidade entre empresas; aumento do horário de trabalho, com a imposição dos bancos de horas e adaptabilidade; aumento da flexibilidade e polivalência; degradação de salários e das condições de trabalho, destruição de acordos e da contratação colectiva.
Os sindicatos exigem a anulação da venda da EGF e da «reestruturação» da Águas de Portugal, sublinhando que «a experiência já demonstrou que a privatização dos serviços públicos essenciais ameaça os direitos humanos fundamentais».