Sindicatos africanos manifestam vontade de cooperação
Uma delegação da Organização de Unidade Sindical Africana (OUSA), composta pelo seu secretário-geral e pelo tesoureiro, respectivamente Arezki Mezhoud da Argélia e Ibrahim Abrar Ibrahim da Eritreia, foi recebida, dia 24, na sede do STAL.
No encontro, o STAL informou sobre a luta travada nos últimos anos, designadamente sobre a importância do combate pelas 35 horas para a derrota do governo de direita e a constituição do actual governo do Partido Socialista, que conta com o apoio dos partidos de esquerda, Partido Ecologista Os Verdes, Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda.
O STAL referiu ainda que, pese embora alguma recuperação de direitos, esta tem sido demasiado lenta e que face às pressões existentes por parte dos partidos de direita, dos grandes grupos económicos e financeiros portugueses e por parte da Comunidade Europeia, pelo FMI e pelo capital imperialista, só a luta dos trabalhadores e das suas organizações sindicais de classe pode contribuir para consolidar e fazer avançar a actual situação.
Por seu turno , a delegação da OUSA manifestou a sua identificação com os objectivos do STAL e da CGTP-IN, no seu combate contra a exploração capitalista e o neoliberalismo, bem como a sua vontade de reforçar a cooperação com a central portuguesa e as suas organizações sindicais.
A OUSA está implantada em todos os 54 países africanos, representando 30 milhões de trabalhadores e 73 confederações sindicais africanas.
Com sede na cidade Acra, Gana, é uma organização sindical, cujo princípio básico é o pan-africanismo,lutando pela unidade e solidariedade dos trabalhadores.
Detém o estatuto de observador na ONU, na OIT e na Organização de Unidade Africana (OUA). Mantém relações com a FSM e CSI, sendo que as confederações nacionais e os sindicatos aderentes são livres de optar pela filiação mundial.