TRABALHADORES MOBILIZAM-SE EM TODO O PAÍS
Esta segunda-feira, 10 de Maio, a Frente Comum entregou no Ministério da Modernização do Estado e da Administração Pública as 66.112 assinaturas recolhidas no âmbito da campanha nacional “AVALIAR SIM, SIADAP NÃO”, que mobilizou os trabalhadores da Administração Pública em todo o País pela revogação do actual sistema de avaliação, que os condena à estagnação nas carreiras e ao congelamento salarial.
Os representantes da Frente Comum reuniram-se com o secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, no âmbito do processo negocial com os sindicatos da Administração Pública, e esta segunda reunião, mais uma vez, não passou de "uma mão cheia de nada”, já que o governo continua a não apresentar qualquer proposta para responder às conhecidas reivindicações dos trabalhadores.
Perante a atitude governamental de “empatar” o processo, que de negocial não tem nada, o coordenador da Frente Comum, Sebastião Santana, considera tratar-se de “um desrespeito absoluto pelos representantes dos trabalhadores e mesmo pelos mais de 700 mil trabalhadores da Administração Pública”, sublinhando que "não é aceitável usar a lei da negociação para entreter e encher calendário".
O coordenador da Frente Comum critica o comportamento do governo, que prefere usar a Comunicação Social para fazer passar “recados”, em vez de propor aos sindicatos medidas concretas para satisfazer o conjunto de reivindicações apresentado pelos trabalhadores: “Temos de pôr um ponto final nesta política, temos de deixar de conhecer as propostas do governo pela Comunicação Social, e mesmo essas, depois, nem sequer se concretizam no papel, pelo que o caminho vai ser o de sempre para os trabalhadores da Administração Pública, que é a luta pelos seus direitos, e isso vai acontecer já no próximo dia 20, nessa grande jornada de luta da Frente Comum.”
É pela revogação deste sistema perversivo dos direitos dos trabalhadores – com a óbvia finalidade de impedir a sua progressão nas respectivas categorias profissionais – que estes se mostram mobilizados em continuar a luta, com redobrado vigor e o sentido de unidade que têm demonstrado, reclamando do governo a tomada de medidas que efectivamente correspondam às suas justas aspirações.