STAL CONDENA DECLARAÇÕES OFENSIVAS DA DIGNIDADE DOS TRABALHADORES
O STAL manifesta solidariedade aos trabalhadores da CM de Braga, vítimas de um ataque inaudito à sua dignidade por parte do Presidente da Autarquia, Ricardo Rio.
A recente instalação de torniquetes no edifício do Pópulo, que alberga a maioria dos serviços administrativos da Câmara de Braga, suscitou natural desconforto e descontentamento entre os trabalhadores que ali exercem funções.
Para além de dificultar a circulação daqueles que no exercício das suas funções são obrigados a entrar e sair várias vezes das instalações, a medida cria um clima de suspeição injusto e humilhante para todos os que ali trabalham, confirmado e agravado pelas recentes declarações do Presidente da Autarquia.
Na reunião de Câmara realizada dia 8, na freguesia de Padim da Graça, dando voz ao descontentamento dos trabalhadores, o vereador da CDU, Carlos Almeida, interpelou o Presidente da Autarquia sobre a necessidade da colocação dos torniquetes, lembrando que os trabalhadores já têm controlo de assiduidade e são obrigados a «picar o ponto».
Em resposta, o edil bracarense afirmou que os torniquetes se destinam a controlar aqueles que não cumprem o horário estabelecido, acrescentando que «se pudesse, colocava pulseira electrónica a alguns trabalhadores».
O STAL repudia com veemência tais declarações, reveladoras de uma obsessão persecutória e de um intolerável desrespeito pelos trabalhadores por parte do actual Presidente da Autarquia.
O Sindicato sublinha que a pulseira electrónica é um instrumento de vigilância policial aplicado a condenados com penas de reclusão, isto é, a criminosos. Ao manifestar o desejo de usar tal meio para controlar os trabalhadores, Ricardo Rio incorre numa flagrante falta de respeito, tratando como criminosos aqueles que diariamente prestam serviço na Autarquia.
Se Ricardo Rio tem conhecimento de que «alguns funcionários» não cumprem as suas obrigações, então a Autarquia deverá agir exclusivamente sobre eles e não instalar um sistema suplementar de controlo que fere a dignidade e coloca sob suspeita todos os trabalhadores, a esmagadora maioria dos quais cumpre escrupulosamente os seus deveres. Ao contrário do que Rio afirmou, num Estado de direito, o justo não tem de pagar pelo pecador.
O STAL manifesta total disponibilidade para defender o bom nome de todos os trabalhadores do universo dos serviços municipais de Braga e exige que o edil bracarense se retrate e se abstenha futuramente de declarações caluniosas, gratuitas e sem qualquer fundamento contra os funcionários da Autarquia. Quem trabalha merece respeito!