NA EMPRESA MUNICIPAL ÁGUAS DE S. JOÃO
Os trabalhadores da Águas de S. João, EM SA, reunidos em plenário no dia 15 de Junho, decidiram dar a conhecer, publicamente, o ambiente de trabalho repressivo e antidemocrático que se vive na empresa, por força da gestão autoritária marcada pela atitude de “quero, posso e mando” protagonizada pelo Director-Geral da empresa, nomeado pela INDÁQUA, com a conivência do Conselho de Administração (CA), numa empresa municipal em que a Câmara detém a maioria do capital.
Lamenta-se que o CA – alertado para os referidos problemas numa reunião com o STAL e em que participou o actual presidente –, até ao momento, não tenha feito qualquer diligência no sentido de apurar a situação denunciada e as consequências de uma gestão opressiva e antidemocrática para com os trabalhadores, que dão o seu melhor na prestação do serviço público à população de S. João da Madeira.
A gestão seguida nesta empresa municipal ignora as hierarquias, sendo habitual os trabalhadores estarem sujeitos a uma enorme pressão psicológica, obrigados a assinar declarações que lhes retiram direitos, e em que os processos disciplinares são frequentes.
Não existe qualquer indício de diálogo com os trabalhadores, adoptando a empresa “dois pesos e duas medidas” nas decisões tomadas, baseadas apenas em critérios pessoais e discriminatórios, sendo os trabalhadores tratados de forma completamente diferenciada, situação agravada pela inexistência de qualquer envolvimento por parte do CA junto dos trabalhadores.
Os trabalhadores têm, na sua maioria, salários baixos e nada condizentes com a formação/qualificação profissional que possuem, estando ainda sujeitos a condições de trabalho de grande insalubridade, penosidade e risco, não existindo na empresa equipamentos essenciais para desenvolver um trabalho mais rápido, seguro e adequado, como, por exemplo, uma viatura de desobstrução de esgotos.
E por ordem do Director-Geral, instalaram-se câmaras de videovigilância e de gravação nos Serviços Administrativos e Estaleiros, que permitem filmar trabalhadores e trabalhadoras, tendo o Director-Geral acesso directo a estes elementos, pelo que se questiona quem mais terá, também, acesso a essas imagens, e em que circunstâncias e para que fins são obtidas, havendo denuncias de assédio moral e coação psicológica a muitas trabalhadoras e trabalhadores, existindo testemunhas oculares dessas situações.
Os trabalhadores da Águas de S. João exigem:
- Aumentos salariais de 90 € para todos os trabalhadores;
- Negociação urgente de um Acordo de Empresa;
- Justas e adequadas condições de trabalho;
- Um salário mínimo de 850 €.