Com a destituição da Presidente do Brasil Dilma Rousseff, o Senado Brasileiro culmina um processo que representa um golpe de estado institucional. O Senado afastou alguém que não cometeu qualquer crime que o justificasse. O Senado compactuou com uma enorme operação do grande capital brasileiro para rasgar o processo de mudanças sociais iniciado com a Presidencia de Lula da Silva em 2003, tirando partido dos problemas económicos provocados pela crise geral do capitalismo. Um processo que é também uma desforra politica da derrota imposta ao candidato da direita nas eleições presidenciais de outubro de 2014.
A destuição da Presidente Dilma Rousseff coloca o Brasil numa situação complexa e perigosa, pois o golpe insere-se numa ofensiva mais ampla do imperialismo norte-americano e das oligarquias latino-americanas visando recuperar posições perdidas, derrotar os processos progressistas em países da região, destruir os avanços de integração solidária anti-imperialista em curso na América do Sul e Caraíbas.
A luta dos trabalhadores e das massas populares brasileiras contra o processo golpista prosseguirá e ampliar-se-á perante a politica anti-democrática, anti-popular e de sujeição ao imperialismo do governo reaccionário do usurpador Michel Temer. As grandes manifestações realizadas em várias cidades brasileiras mostram que os golpistas encontrarão pela frente uma forte resistência popular.
Neste momento dificil do Brasil o STAL manifesta a sua solidariedade aos trabalhadores, às forças democráticas e patrioticas brasileiras e reitera a sua confiança em que o povo derrotará os mais perigosos projectos dos golpistas e prosseguirá o caminho das transformações políticas, económicas e sociais que a sociedade brasileira reclama.