Victor Nogueira
1.º DE MAIO, DIA INTERNACIONAL DO TRABALHADOR
«Abomináveis na grandeza
os reis da mina e da fornalha
edificaram a riqueza
sobre o suor de quem trabalha»
(A Internacional)
www.marxists.org/portugues/tematica/musica/international.htm
Sobreexploração do trabalho, sobretudo infantil e das mulheres; jornadas extenuantes; ausência de protecção em caso de acidente, doença, desemprego e na velhice; insalubres condições laborais e habitacionais; salários abaixo do nível de subsistência…tal é a essência do capitalismo!
Greves, mutualismo, organização sindical e em partidos políticos operários foram a resposta dos trabalhadores, em luta por melhores condições laborais e de vida, organização que levou à articulação internacional das suas lutas.
A jornada de 8 horas é reivindicada pela “National Labour Union”, nos EUA, e pela I Internacional, no Congresso de 1866, ano em que, em Chicago, uma greve no 1.º de Maio foi sangrentamente reprimida pelas forças policiais, a mando do patronato.
Em 1889, o Congresso da II Internacional fixa a data como Dia Internacional dos Trabalhadores, crescentemente comemorada no Mundo (www.researchgate.net/publication/287217140_As_Origens_da_Internacional_Comunista), enquanto em Portugal o 1.º de Maio assinala-se, pela primeira vez, em 1890, com um sindicalismo revolucionário, sobretudo a partir da Implantação da República.
Em 1919, conquistam-se as 8 horas de trabalho diário e o direito ao descanso ao domingo para os trabalhadores do comércio e da indústria.
O ano de 1926 marca o início da contra-ofensiva fascista, com a restrição dos direitos de reunião, associação e manifestação, e da proibição de greves, mas o movimento dos trabalhadores logrou organizar lutas por melhores condições de vida e de trabalho, e contra o fascismo.
Apesar das proibições e da repressão, as comemorações do 1.º de Maio continuaram, e o de 1962 é um dos marcos do movimento laboral, incluindo a conquista das 8 horas de trabalho para o proletariado rural. (www.pcp.pt/1o-maio-120-anos-contra-exploracao-pelos-direitos-dos-trabalhadores-pelo-progresso-social)
Com o 25 de Abril de 1974, a data, internacionalista, prossegue como jornada de festa e de luta, e pela concretização de uma verdadeira democracia social, económica, política e cultural.