A 24 DE AGOSTO DE 1975
Tal só foi possível após uma greve de 13 dias. O então governo de Pinheiro de Azevedo, a braços com a inédita paralisação das câmaras e com o lixo a acumular-se nas principais cidades do País, acabaria por autorizar, em Junho de 1976, a criação de sindicatos na Função Pública.
Logo após o dia 25 de Abril de 1974, e consumado o carácter libertador da Revolução dos Cravos, os trabalhadores das autarquias locais, por todo o País, construíram os alicerces sobre os quais assenta, hoje, esta grande organização.
Tudo começou com a constituição da «Organização Pró-Sindical da Administração Pública e Local». Por sua iniciativa, em Maio de 1974, realizaram-se plenários em Lisboa, Setúbal, Coimbra, Leiria, Braga, Foz do Arelho, Praia Grande, Santarém e Tavira.
Após um Seminário, na Foz do Arelho (concelho de Caldas da Rainha), as suas conclusões foram discutidas em plenário, realizado em 22 e 23 de Março de 1975, na Praia Grande (Sintra), com a presença dos, entretanto, formados Secretariados dos Trabalhadores dos distritos do Porto, Braga, Faro, Lisboa e Guarda, os quais representavam já 4730 trabalhadores. Na qualidade de observadores estiveram presentes delegados da Junta Distrital de Lisboa, representando 400 trabalhadores.
Desde os primeiros tempos da nossa existência, mesmo enquanto embrião sindical, já exigíamos o nosso caderno reivindicativo, publicado em 24 de Abril de 1975. E no plano interno, criaram-se estruturas organizativas, apontando na constituição do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local, e indicava-se a adesão à central única dos trabalhadores portugueses, a Intersindical Nacional.
Em 19 e 20 de Abril de 1975, em Tavira, foi aprovada a criação de uma Comissão Coordenadora Provisória, composta por oito membros, depois alargada para 12. E a primeira sede (provisória) do STAL foi instalada na Câmara Municipal de Santarém, transferindo-se, a 6 de Maio de 1975, para o Pavilhão do Turismo, no recinto da Feira de Santarém.