ENTREGUE NA AdP ABAIXO-ASSINADO COM MAIS DE 1500 ASSINATURAS
Mais de um milhar e meio de trabalhadores do grupo Águas de Portugal subscreveram o abaixo-assinado reivindicativo, e mostram-se disponíveis para endurecer a luta caso a situação se mantenha.
Esta manhã (sexta, 28), uma delegação do STAL e FIEQUIMETAL entregaram, na sede da empresa, em Lisboa, o documento com as muitas assinaturas recolhidas, que reivindicam a atribuição do Subsídio de Insalubridade, Penosidade e Risco aos trabalhadores do Grupo AdP, independentemente das carreiras em que estes se enquadram, e com níveis diferenciados consoante o nível de exposição ao risco.
Para Paulo Silva, dirigente nacional do STAL, as mais de 1500 assinaturas recolhidas “são bem demonstrativas da enorme insatisfação dos trabalhadores, não compreendem nem aceitam ser tratados de modo diferente”, descriminação que resulta do Decreto-Lei n.º 93/2021, de 9 de Novembro, que procedeu à fixação do suplemento remuneratório aos trabalhadores que exercem funções em condições de penosidade e insalubridade integrados na carreira geral de Assistente Operacional que desempenham funções nas áreas de tratamento de resíduos e tratamento de efluentes, saneamento, entre outros.
Ora, este despacho não se aplica a muitos trabalhadores do Grupo AdP, o que cria situações discriminatórias e injustas, já que “exercem funções semelhantes, e até de maior complexidade e dificuldade, com uma enorme exposição ao risco, prestando um serviço público essencial às populações e, em muitos casos, tratando-se de trabalhadores cedidos por interesse público às empresas do grupo.
“Esta reivindicação é mais do que o justa”, defende Paulo Silva, lembrando que “há trabalhadores neste grupo que trabalham lado a lado, mas uns têm direito ao subsídio, por despacho do Governo, e outros não, o que é inadmissível, sendo uma situação que os trabalhadores não compreendem nem aceitam!”
E caso a situação não seja resolvida, o dirigente do STAL afirma que “os trabalhadores estão disponíveis para endurecer a luta contra as políticas que têm sido aplicadas, e para exigir aquilo que, até agora, a Águas Portugal não conseguiu fazer: dignificar os trabalhadores e melhorar as condições de trabalho. Em vez disso, insiste no caminho do empobrecimento”.