O IDEÁRIO DA REVOLUÇÃO DE 1974 CONTINUA BEM VIVO
Este ano, as comemorações do 25 de Abril e do 1.º de Maio são particularmente especiais, ou o STAL – um sindicato de Abril – não estivesse a celebrar 50 anos de luta, resistência e conquistas.
Nestes dias de Festa da Democracia e da Liberdade, ao mesmo tempo que sublinhamos as enormes conquistas alcançadas em 25 de Abril de 1974, é imperioso reavivar a memória terrível do fascismo e reafirmar esse período carregado de pobreza, miséria, opressão e de guerra.
A Revolução de Abril foi um forte golpe na exploração do trabalho e dos trabalhadores, mesmo se não lhe pôs fim. Nomeadamente, logo no pós-25 de Abril, com a criação do Salário Mínimo Nacional, cuja actual exigência de aumento para os 1000 €, acompanhado da subida geral dos salários, continua a ser um eixo central de qualquer política progressista, de resposta aos problemas mais cruciais do País.
Abril significou, também, a conquista da Paz contra a guerra, para a qual nos querem, de novo, empurrar. E foi, ainda, a concretização de direitos sociais fundamentais, como a Saúde, a Educação, a Segurança Social, a Habitação, a Cultura ou o Desporto, cada vez mais ameaçados. Foi, igualmente, a construção do Poder Local Democrático, símbolo maior de participação popular e de melhoria efectiva das condições de vida das populações.
Apesar de todos os ataques, o ideário da Revolução de Abril continua vivo e é garantia de futuro. E foi com essa força que fizemos do 25 de Abril e do 1.º de Maio uma grande jornada de luta e de demonstração da força dos trabalhadores, da luta que travam todos os dias, de exigência de aumento dos salários, dos direitos, um momento de combate contra as injustiças, a exploração e o aumento do custo de vida.
É daqui que partiremos para a escolha do nosso futuro próximo, com a realização de eleições, como acontece em democracia, em cujo desfecho a luta dos trabalhadores terá um papel decisivo para romper com as políticas de direita e para exigir mais direitos, melhores salários, carreiras dignas e condições de trabalho e de vida, bem como melhores Serviços Públicos e uma sociedade justa na distribuição da riqueza.