STAL PARTICIPOU NO 11.º CONGRESSO DA FSESP
A Federação Sindical Europeia de Serviços Públicos definiu, como prioridades para os próximos cinco anos, o reforço e valorização dos Serviços Públicos e dos trabalhadores, a oposição à austeridade e a luta contra a privatização.
Sob o lema «É hora dos serviços públicos!», a Federação Sindical Europeia de Serviços Públicos (FSESP), organização da qual o STAL é filiado, realizou o seu 11.º Congresso em Bucareste, na Roménia, de 18 a 20 de Junho, tendo o STAL estado representado por Cristina Torres (presidente) e por Vanda Figueiredo (vice-presidente e responsável de organização).
O congresso, que teve como temas centrais garantir a paz, a democracia, a igualdade, os direitos e as liberdades; recuperar e reforçar os Serviços Públicos; defender uma transição verde, digital e socialmente justa; assegurar empregos e serviços de qualidade; construir e fortalecer os sindicatos dos Serviços Públicos, elegeu os novos órgãos executivos, nomeadamente a nova presidente, Françoise Geng (dirigente sindical da CGT-Saúde), e reelegeu Jan Willem como secretário-geral da FSESP.
ESTADO DA PALESTINA E COMBATE À EXTREMA-DIREITA
Além da aprovação do Programa de Acção e das prioridades para os próximos cinco anos, como o reforço e valorização dos Serviços Públicos e dos trabalhadores, a oposição à austeridade e a luta contra a privatização, foram ainda aprovadas diversas resoluções, com destaque para a situação na Palestina, votada favoravelmente pela esmagadora maioria dos congressistas.
A resolução condena a política genocida conduzida por Israel, apela à paz e ao cessar-fogo e ao reconhecimento do Estado da Palestina, saudando os países que já tomaram esta decisão. Igualmente aprovada foi a exigência de Serviços Públicos de qualidade para todos, em domínios fundamentais como a saúde, a educação, a água e o saneamento, a energia, a mobilidade e os transportes públicos, a habitação, a banca, a cultura e os meios de comunicação social e a Administração Pública.
O combate à extrema-direita e ao seu programa anti-laboral, anti-sindical e social, com relevância para a grave situação em França, também marcou presença. Como se pode ler na resolução aprovada por unanimidade, “o campo da extrema-direita é o medo; o nosso é o da esperança! Unidos e solidários em toda a Europa, nós, os sindicatos, não deixaremos que ganhem terreno. Será uma batalha diária, mas não cederemos”.
RESISTIR, PERSISTIR NA LUTA PELA PAZ
Num Mundo dilacerado por conflitos e guerras, pela conquista de poder e recursos, onde quem proclama e defende a Paz é um alvo a abater – se bem que a verdade venha sempre ao de cima –, há que resistir, persistir no único caminho que interessa aos povos e aos trabalhadores: a Paz!
Sabemos quão poderosos são os interesses dos que se lhe opõem, ou seja, dos que promovem e instigam a guerra e, com ela, ganham milhões à custa da destruição de milhares de vidas humanas. Sabemos, historicamente e de forma trágica, que a guerra é sempre a resposta do capitalismo à(s) crise(s), à queda dos lucros, a sua única e verdadeira razão de ser, e que quanto maior é a crise, maior é a exploração e os perigos de confrontação!
Desde há largos meses que responsáveis políticos europeus repetem à exaustão que se queremos a Paz temos de nos preparar para a guerra. Nada mais falso!
O caminho mais curto para a Paz não é a guerra! Não é o militarismo e a escalada armamentista que tornarão o Mundo mais seguro! Mais despesa em armas significa menos dinheiro para salários e pensões, para a educação, para a saúde, para a habitação, para a cultura, ou seja, mais desigualdades, das quais se alimenta a extrema-direita que se diz querer combater, que também beneficia da retórica belicista.
Só uma política orientada para a Paz pode vencer a guerra. E só vencendo a guerra haverá futuro! Como escreveu Saramago: “Trata-se, então, de tornar mais forte a vontade de Paz que a vontade de guerra. Trata-se de entrar em mobilização geral para a luta pela Paz: é a vida da Humanidade que estaremos defendendo, esta de hoje, e a de amanhã, que talvez se perca se não começarmos a defendê-la agora mesmo (…). A paz é possível. Mobilizemo-nos para ela.”